quinta-feira, novembro 21, 2024
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ALACERO Inaugura sua Nova Sede

Depois de quase seis décadas instalada na capital chilena, a Alacero tornou efetiva sua decisão estratégica de transferir sua sede a São Paulo

No dia 1º de outubro, a Alacero − Asociación Latinoamericana del Acero (Associação Latino-Americana do Aço) inaugurou sua nova sede, em São Paulo, considerada um hub da América Latina e o endereço operacional de alguns dos seus principais associados. Segundo o presidente da Alacero e CEO da ArcelorMittal Aços Longos América do Sul Central & Caribe, Jefferson de Paula, “ter nossa base em São Paulo é uma decisão estratégica em vários aspectos. É estar presente no principal mercado siderúrgico da região e em um centro industrial de classe mundial. Isso nos permitirá intensificar e fortalecer o relacionamento com toda nossa cadeia de valor”.

A inauguração da nova foi marcada pelo lançamento do relatório América Latina em cifras 2018, publicação que, dentre outros dados da indústria siderúrgica na região, ressalta os números robustos e as boas perspectivas o Brasil, apesar do atual quadro de incertezas. Sendo o maior produtor de aço bruto da região, com 53% da produção latino-americana, estima-se que o país vai fechar o ano com uma produção de 35 milhões de toneladas de aço bruto, 2% a mais que em 2017.

Panorama da siderurgia regional

Durante 2017, o mercado siderúrgico latino-americano começou a dar sinais de condições mais favoráveis para a recuperação produtiva e um moderado aumento nos preços. Embora ainda longe dos patamares ideais de crescimento, há otimismo com relação a uma recuperação mais consistente do PIB da região e, por consequência, da demanda de aço. A expectativa é de que 2018 seja encerrado com uma produção de aço bruto de cerca de 66 milhões de toneladas, o que significa uma alta de 3,2% em relação ao ano passado.

Mesmo com as dúvidas que predominam no cenário político nas principais economias da região, agravadas pelas crescentes tensões comerciais decorrentes da política de protecionismo comercial adotada pelos Estados Unidos e a forte crise financeira da Argentina, a América Latina tem se beneficiado com o crescimento econômico global e os altos níveis de preços das commodities. Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento do PIB da região em 2018 será de 1,2%, mantendo praticamente o mesmo ritmo do ano passado. Seria o segundo ano consecutivo de recuperação moderada desde o período recessivo de 2015-2016.

Para 2019, é esperado um crescimento de 2,1% na região, principalmente como resultado de recuperações econômicas mais consistentes no Brasil, México e Colômbia. Francisco Leal, que acaba de assumir a direção geral da Alacero, destaca a importância do setor. “Nós, da Alacero, acreditamos que a indústria siderúrgica é um dos pilares do desenvolvimento econômico e social da América Latina. Sabemos também que os níveis atuais de consumo de aço per capita no continente continuam bem abaixo da média mundial e que temos um longo caminho a trilhar na direção da mudança desse cenário”.

Para a Alacero, embora positivos, os dados econômicos da América Latina continuam muito tímidos quando comparados com o potencial da região. Em 2018, o consumo aparente de aço alcançará 68,5 milhões de toneladas (Mt), enquanto a produção de aços laminados alcançará 55,9 milhões, 1,3% e 5,6% maiores que em 2017, respectivamente. As previsões incluem um aumento no consumo mundial de 3,9% e 6,0% na China.

As importações de aço na região continuam sendo um dos principais problemas. As importações totais de aços laminados da América Latina atingirão 23,5 Mt, uma retração de 6% em relação a 2017, devido principalmente ao menor saldo exportador da China. No entanto, a participação das importações sobre o consumo permanece elevada, e estima-se que atinja 34% até o final de 2018. Essa situação ocorre e se agrava ano após ano, gerando desincentivos para a indústria local, atritos comerciais e ameaças de desemprego.Além disso, em muitos casos, esses produtos entram na região a preços de dumping, de países com economias “não-mercantis”, que subsidiam a produção de aço e fornecem facilidades financeiras, fora das diretrizes da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2017, a China exportou sete milhões de toneladas de aço para a região.

Desde 2015, os governos da região fortaleceram seus esforços para nivelar o campo de atuação, estabelecendo ações antidumping e de defesas comerciais, buscando assegurar a competitividade internacional do setor siderúrgico. Atualmente, a América Latina tem 66 ações de defesa comercial em vigor, sendo 44 delas contra a China.

Acesse: www.alacero.org

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