sábado, dezembro 6, 2025
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Fiscalizações de 2025 apontam tendência de endurecimento do Fisco em 2026

O comportamento das fiscalizações tributárias ao longo de 2025 indica que Receita Federal, estados e municípios devem adotar uma postura mais rigorosa em 2026, especialmente durante a migração para o novo modelo de tributação. O cruzamento eletrônico de dados, a ampliação de ferramentas de monitoramento e a maior integração entre entes federativos criaram um ambiente de auditoria mais sensível para empresas que ainda não revisaram seus processos.

A tributarista Edna Dias, com mais de 22 anos de experiência na área, identifica dois movimentos claros nas fiscalizações de 2025. “O primeiro é o uso intensivo de análises automatizadas. O Fisco está cruzando notas, declarações e dados de fornecedores com mais profundidade. O segundo é o aumento da atenção sobre empresas de médio porte, que passaram a ser monitoradas com mais rigor durante a transição”, explica.

Para Edna, o fortalecimento da fiscalização não é acidental. “O Fisco quer reduzir inconsistências antes da implementação plena do novo sistema. O objetivo é evitar que erros acumulados contaminem a entrada do IBS e da CBS. Por isso, 2026 deve ser marcado por auditorias mais técnicas e detalhadas”, afirma.

A tributarista alerta que, para muitos setores, 2025 já serviu como espécie de ensaio geral. Empresas que não revisaram NCMs, regimes de apuração, regras de crédito, benefícios fiscais ou obrigações acessórias foram mais expostas a autuações e notificações eletrônicas. Esse padrão deve se intensificar no próximo ano, já que o Fisco utilizará dados de 2025 como referência para identificar comportamentos recorrentes.

Para Edna, o maior risco para 2026 é justamente o acúmulo de erros. “Muitas empresas não têm processos integrados entre área fiscal, contábil, financeira e tecnologia. Isso aumenta o risco de perder crédito, recolher de forma incorreta ou sofrer notificações eletrônicas em série”, afirma.

A recomendação da tributarista é usar os meses finais de 2025 para revisar processos e simular cenários. “Entrar em 2026 sem auditoria interna é arriscado. A preparação reduz autuações e garante maior previsibilidade na transição. A reforma exige uma postura mais integrada e preventiva”, conclui.

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