- Hoje mais de 85% do sulfato de amônio comercializado no país é importado;
- Insumo é importante fonte de nitrogênio e enxofre para a agricultura em geral, especialmente para culturas de milho e frutas;
- Demanda mundial pelo sulfato de amônio deve crescer 15% até 2025, alcançando 26 milhões de toneladas ao ano.
Apesar de ser um insumo agrícola que pode ser produzido a baixo custo, já que é um subproduto dos processos das indústrias química e siderúrgica, o sulfato de amônio ainda tem produção bastante limitada no Brasil. Atualmente mais de 85% desse composto fertilizante comercializado no país é de origem importada, muito em função da produção nacional ser na forma de cristais de sulfato de amônio. Para uso como fertilizantes a apresentação mais adequada é na forma granular, com maior retenção no solo e aproveitamento pelas plantas.
A partir de sua vasta experiência em tecnologia de processos para a produção de fertilizantes, a Thyssenkrupp desenvolveu, ao longo dos últimos cinco anos, um novo e exclusivo processo de granulação, voltado para aproveitamento do sulfato de amônio disponível nas indústrias químicas e siderúrgicas. Essa tecnologia, que viabiliza um produto final de maior valor agregado a partir de matéria-prima de baixo custo, já está consolidada em escala industrial (100 toneladas por dia) na Alemanha, com produto final atingindo especificações Premium para uso como fertilizante.
“Normalmente o sulfato de amônio é encontrado na forma de cristais, já que até o momento, não havia rota tecnológica para produzir o produto na forma granular a partir dos subprodutos típicos das indústrias químicas e siderúrgica. Contudo, para aplicação na agricultura, o produto na forma granular é mais eficaz, possuindo inclusive valor de mercado bem mais elevado do que na forma cristalina”, explica o engenheiro químico Luiz Antonio Mello, gerente de desenvolvimento de negócios da Thyssenkrupp Industrial Solutions para o Brasil.
Utilizado na agricultura como fertilizante para reposição de nitrogênio e enxofre em solos cultivados, o sulfato de amônio granular proporciona menores perdas de nitrogênio por dissolução e volatilização. Além disso, pode ser utilizado em qualquer época do ano – o que permite aos produtores escalonar os recursos de aplicação, sendo este um fator decisivo para seu uso em determinados cultivos, como os de milho e frutas.
O gerente da Thyssenkrupp acrescenta que, nos setores químico e de siderurgia, a maioria das empresas tem potencial para produzir o insumo, mas, até o momento, as tecnologias disponíveis limitavam-se à produção do sulfato na forma de cristais, que tem baixo valor de mercado. “Essa nova tecnologia que desenvolvemos viabiliza o investimento na produção do composto na forma granular, o que possibilita não só reduzir a dependência do mercado em relação ao produto importado, como também pode contribuir com a diversificação do portfólio das plantas químicas e siderúrgicas, agregando valor a um típico subproduto do processo, com valor de mercado até 80% maior se comparado aos cristais”, completa Mello.