segunda-feira, junho 16, 2025
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Indústria segue tendência de crescimento nos próximos meses, prevê novo indicador da ABDI

Índice ABDI de Sustentabilidade da Expansão Industrial vai auxiliar governo no monitoramento da indústria brasileira no curto prazo

A indústria brasileira deve continuar a crescer nos próximos meses. É o que aponta o Índice ABDI de Sustentabilidade da Expansão Industrial (ISEI), novo indicador criado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial para auxiliar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) no monitoramento do setor industrial no curto prazo. Além de auxiliar gestores públicos na tomada de decisões, o ISEI também fornece insights a empresários e pesquisadores interessados no tema.

Em janeiro deste ano, o ISEI atingiu 104,0 pontos – acima de 100, o cenário é considerado positivo e indica uma conjuntura onde o crescimento da demanda, o resultado do comércio exterior e as condições financeiras e produtivas das empresas industriais permanecem fortes. Na comparação com o mesmo mês em anos anteriores, o índice de janeiro de 2025 dá um salto significativo: o ISEI registrou 100,2 no ano passado; 100,5, em 2023. E 101,1 pontos no mesmo mês em 2022.

De acordo com a ABDI, esse salto demonstra a atual sustentabilidade da indústria de transformação, resultado da aceleração da produção industrial no ano passado, da retomada de investimentos públicos e da consolidação da Nova Indústria Brasil (NIB), política do governo federal para estimular a neoindustrialização no país. O ISEI também prevê o crescimento da indústria de transformação neste primeiro semestre do ano e o aumento na produção industrial, que deve superar os 2,1% ao final do ano.

O gerente da Unidade de Monitoramento e Avaliação da ABDI, Roberto Pedreira, destaca a importância do novo índice. “O ISEI foi criado para capturar quais são as perspectivas acerca do comportamento da indústria de transformação, monitorar o desempenho dessa atividade econômica, analisar tendências futuras e, dessa forma, contribuir para a tomada de decisão dos gestores públicos, reorientando a política industrial e os investimentos dos empresários”, afirma. “É instrumento da ABDI para viabilizar um maior e mais eficiente monitoramento da política industrial”, pontua.

Além da gestão pública, como no caso do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o novo índice pode ser útil para empresários, pesquisadores e a sociedade interessada. “Nossa intenção é que os pesquisadores de temas relacionados à economia industrial e à inovação possam usufruir de um novo indicador, mais robusto, para compor suas análises e avaliações sobre o desempenho e evolução da neoindustrialização brasileira”, diz Pedreira.

Sobre o ISEI – O ISEI é mais um produto do Observatório da Indústria da ABDI, plataforma de inteligência de dados e informação voltado à disseminação de análises, estudos e pesquisas sobre a indústria brasileira.

O índice analisa os dados do último trimestre para lançar reflexões no trimestre seguinte. Por meio de boletim, o novo indicador será publicado no site da ABDI a cada três meses. A primeira edição já está disponível no portal da ABDI.

O resultado é composto por uma média simples de três subíndices: o de Crescimento Esperado na Demanda (ICED), que estima a flutuação potencial da demanda interna do país; o de Qualidade do Crescimento Industrial (IQCI), que avalia a força ou a fragilidade da indústria; e, por fim, o de Comércio Exterior (ICE), que investiga o impacto do comércio exterior sobre o crescimento industrial brasileiro.

Para o cálculo, a ABDI leva em consideração a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de indicadores do Banco Central (BC) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Sobre a ABDI – A ABDI formula e executa ações que contribuem para o desenvolvimento do setor produtivo nacional. Sua missão é promover a transformação digital dos negócios por meio do estímulo à adoção e à difusão de tecnologias, a novos modelos de negócios e à política de desindustrialização, com atenção especial à economia sustentável e à indústria verde.

A Agência atua na interface entre governo e empresas para qualificar políticas públicas e ações estratégicas voltadas ao aumento da competitividade e da produtividade da economia brasileira frente aos desafios da era digital.

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