Resultado alcançado no 2T17 inclui o reconhecimento de R$ 205 milhões recebidos em julho pela Mineração Usiminas. Sem esse valor, o EBITDA Ajustado é o maior em 13 trimestres, atingindo R$ 551 milhões
A Usiminas confirmou a tendência de melhoria de seus resultados, iniciada no 3º trimestre de 2016, e encerrou o semestre com números positivos, que consolidam a trajetória de ascensão da companhia. O EBITDA Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 749,9 milhões entre abril e junho de 2017, o melhor resultado em 28 trimestres. O número foi influenciado pelo reconhecimento de R$ 205,1 milhões recebidos, em julho, pela Mineração Usiminas (MUSA), após acordo firmado com a Porto Sudeste em junho deste ano. Sem considerar esse valor, a Usiminas alcançou, no período, um EBITDA Ajustado de R$ 550,8 milhões, o maior em 13 trimestres.
A margem de EBITDA Ajustado chegou a 29,2%, 6,5 pontos percentuais acima do registrado no trimestre anterior, de 22,7%. A empresa também alcançou lucro líquido de R$ 175,7 milhões no 2T17, um aumento de 62% frente aos R$ 108,3 milhões obtidos nos três meses anteriores. Deve-se destacar que o lucro líquido foi parcialmente impactado por efeitos cambiais negativos no período.
Para o presidente da Usiminas, Sergio Leite, os números do 2º trimestre de 2017 representam o novo momento da companhia, após a superação de complexos desafios ao longo dos últimos anos. “A Usiminas passou por três fases críticas até chegarmos à etapa atual, em que podemos voltar a construir o futuro da companhia. Tivemos uma primeira fase, em 2015, de deterioração de resultados, com enorme perda de valor da empresa. Em seguida, passamos para uma fase de busca pela sobrevivência, a partir do início de 2016, em que lutamos para eliminar o risco de falência da Usiminas, por meio de ações como a injeção de capital pelos acionistas e a renegociação da dívida. Nos meses seguintes, entramos na fase de construção de resultados, focando na redução de custos, na reestruturação do nosso quadro gerencial e no aumento da receita”, explica o executivo.
Segundo Leite, a Usiminas vive hoje uma nova etapa, com metas de gestão estabelecidas, voltadas, principalmente, para a geração de resultados, a busca pela excelência no atendimento aos clientes e a melhoria do clima organizacional. “Estamos trabalhando intensamente para reforçar a Usiminas como protagonista no cenário siderúrgico brasileiro e da América Latina. Os números que apresentamos hoje ao mercado, consolidados com os registrados a partir do 3º trimestre de 2016, servem como base para pavimentarmos o caminho que queremos seguir. Temos a nosso favor o DNA de qualidade, inovação e tecnologia, que coloca a Usiminas no estado da arte no segmento de aços planos.”
OUTROS DESTAQUES
Ressalta-se, ainda, nos resultados do 2º trimestre de 2017 o aumento de 9,3% da receita líquida da Usiminas, que subiu de R$ 2,4 bilhões no trimestre anterior para R$ 2,6 bilhões entre abril e junho deste ano. Os números refletem, especialmente, o maior volume de vendas e os maiores preços apresentados no período pelas unidades de siderurgia e pela Soluções Usiminas, empresa do grupo dedicada ao beneficiamento e distribuição do aço.
Contribuíram para esse aumento, portanto, as vendas totais de aço das unidades de siderurgia, que somaram 990 mil toneladas no 2T17, contra 930 mil toneladas nos três primeiros meses do ano, um crescimento de 6%. Do total comercializado, 840 mil toneladas (85%) foram destinadas ao mercado interno, enquanto 150 mil toneladas (15%) foram exportadas. As vendas para o mercado externo aumentaram 43% em relação ao 1T17, quando foram comercializadas 105 mil toneladas para o exterior.
Em termos de produção, 769 mil toneladas de aço bruto foram produzidas no 2º trimestre de 2017, um incremento de 4% na comparação com o trimestre anterior, e 1 milhão de toneladas de laminados foram produzidas nas usinas de Ipatinga (MG) e Cubatão (SP), o que representa, ainda, um aumento de 4% frente ao período de janeiro a março deste ano.
Quanto a investimentos, a Usiminas totalizou R$ 34,1 milhões no 2T17, valor 45,8% superior ao apresentado no 1T17, de R$ 23,4 milhões. Do total registrado no período, aplicado, em sua maioria, em CAPEX de manutenção, aproximadamente 75% foram destinados à Unidade de Siderurgia, 14% à Mineração, 7% à Transformação do Aço e 4% aos Bens de Capital.
SUBSIDIÁRIAS
A Soluções Usiminas apresentou uma receita líquida de R$ 589,7 milhões no 2º trimestre de 2017, resultado 4% superior aos R$ 567,0 milhões registrados no trimestre anterior. O aumento deve-se ao crescimento do volume de vendas de produtos e serviços no período, na ordem de 1,2%, assim como o incremento de 2,8% no preço médio, em função do mix mais nobre de produtos comercializados. Já o EBITDA Ajustado da unidade apresentou uma queda no trimestre na comparação com o 1T17, passando de R$ 36,9 milhões para R$ 27,3 milhões, devido, principalmente, à redução das margens pelo aumento do custo das matérias-primas. A margem de EBITDA Ajustado foi de 4,6% no 2T17, contra 6,5% nos três primeiros meses de 2017.
Em função da redução nos preços PLATTS no mercado internacional, bem como da queda de 2,2% no volume de minério de ferro comercializado, passando de 643 mil toneladas no 1T17 para 629 mil toneladas no 2º trimestre, a receita líquida da Mineração Usiminas caiu 17,7% entre abril e junho deste ano, saindo de R$ 108,3 milhões para R$ 89,1 milhões. Por outro lado, em razão do reconhecimento do montante pago pela Porto Sudeste, o EBITDA Ajustado da MUSA registrado no 2T17 saltou para R$ 225,8 milhões, contra R$ 51,5 milhões no trimestre anterior, um aumento de 338,3%. A margem de EBITDA Ajustado foi de 253,4%, frente aos 47,6% apresentados no 1º trimestre do ano.
A Usiminas Mecânica segue impactada pela estagnação de projetos nos setores de infraestrutura no país e apresentou redução de 2,7% em sua receita líquida no 2T17, de R$ 80,4 milhões, contra R$ 82,7 milhões registrados no trimestre anterior. Ainda assim, a unidade conquistou um aumento do lucro bruto no período, chegando a R$ 5,3 milhões, número superior ao R$ 0,5 milhão alcançado no 1T17. O crescimento deve-se às maiores receitas obtidas no segmento de equipamentos industriais. O EBITDA Ajustado do 2º trimestre de 2017 foi de R$ 1,6 milhão negativo, ante os R$ 4,2 milhões negativo no 1T17, também em função das melhores margens do segmento de equipamentos industriais e da redução de despesas fixas no período. A margem de EBITDA Ajustado foi negativa em 2%, contra 5% negativa no 1T17.
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