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Laboratório de Manufatura Digital do Centro Universitário FEI é premiado entre 59 instituições de ensino de 11 países

Além de ser premiado pela melhor instalação, o Programa PACE também avaliou as condições de ensino, sua capacidade de apoio à educação multidisciplinar e perspectivas futuras de crescimento em pesquisa e inovação

– Inaugurado esse ano, o laboratório já havia chamado atenção de empresas e agora recebe o reconhecimento internacional por sua qualidade e potencial de desenvolvimento de pesquisas na área de indústria 4.0

Inaugurado em 2016, o Laboratório de Manufatura Digital, do Centro Universitário FEI, ganhou o prêmio de Laboratório do Ano no Programa PACE (Partners for the Advancement of Collaborative Engineering Education), que reúne instituições de ensino de 11 países, com o objetivo de gerar mão de obra qualificada e atualizada com as tecnologias mais modernas. Das 59 instituições participantes, somente três são brasileiras – o Centro Universitário FEI, a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Mauá, que foi incorporado esse ano ao projeto.

Todos os anos, o programa elege o melhor projeto de desenvolvimento relacionado a uma instalação das instituições de ensino participantes. “Eles fazem uma avaliação bastante rigorosa das instalações, condições de ensino, atividades desenvolvidas no laboratório e suas ligações com ensino multidisciplinar, com a pesquisa e com a inovação, além das perspectivas futuras de crescimento. Esse prêmio é o reconhecimento do alto padrão dos projetos da FEI”, explica Roberto Bortolussi, professor de Engenharia Mecânica do Centro Universitário FEI, que inscreveu o laboratório na competição.

O projeto aborda um tema importante: o desenvolvimento das diversas modalidades da engenharia de forma integrada, pensando no futuro da indústria, em que as máquinas passarão a ser mais autônomas e se comunicarão entre si, de acordo com um novo conceito chamado de indústria 4.0. “Seguir por esse caminho é inevitável, não dá mais para pensar na indústria como fazemos hoje: um setor desenvolve o produto, o outro pensa no material, o outro pensa no processo de produção. O trabalho será cada vez mais integrado, então é preciso pensar em como tudo isso irá alterar a forma de trabalho e a formação dos futuros engenheiros, e trabalhar nisso desde já”, explica o Prof. Alexandre Massote, do curso de Engenharia de Produção, que participou do desenvolvimento do projeto.

No Brasil, esse é um conceito recente e ainda pouco aplicado. Segundo dados da PwC, somente 9% das empresas incorporam ao seu cotidiano processos de digitalização e automação. Porém, ao que tudo indica, isso irá mudar nos próximos anos, podendo, em 2020 chegar a 72% das empresas brasileiras.

Esses números estão relacionados à falta de conhecimento de muitas empresas sobre os conceitos e suas aplicações. Segundo uma pesquisa do CNI – Confederação Nacional da Indústria, 42% das 2225 indústrias consultadas não identificaram quais tecnologias digitais, em uma lista com 10 opções, têm o maior potencial para impulsionar sua competitividade.

O Prof. Massote explica que esse é um dos caminhos que a FEI pretende percorrer junto com as empresas, “nós não queremos reter o conhecimento no meio acadêmico, nossa intenção é auxiliar as empresas nesse caminho, verificando, através de estudos feitos no laboratório, quais são as melhores opções. Dessa forma, vamos percorrer esse caminho paralelamente, formando profissionais que estejam preparados para lidar com esse novo tipo de indústria”.

O próximo passo é ampliar a troca de informações entre as máquinas, para que fábricas inteiras consigam trabalhar de forma integrada com outras fábricas. “A ideia é que a indústria como um todo se comunique. No futuro talvez não tenhamos que transportar peças, possamos trocar projetos entre as fábricas e usar uma impressora 3D para produzir. Isso muda toda a cadeia produtiva, diminui custo com transporte, agiliza o processo e modifica toda a forma de trabalhar, e é lá que estamos focando”, conta o professor.

Sobre a FEI:

Com 75 anos de tradição, O Centro Universitário FEI é referência entre as instituições universitárias no Brasil, nas áreas de Gestão e Tecnologia. A Instituição já formou mais de 50 mil profissionais, muitos ocupando posições de liderança nas principais empresas do país. Mantida pela Fundação Educacional Inaciana “Pe. Sabóia de Medeiros”, a FEI integra a Rede Jesuíta de Educação e agrega marcas históricas de instituições de ensino de São Paulo: Faculdade de Engenharia Industrial, Escola Superior de Administração de Negócios e Faculdade de Informática.

Informação: www.fei.edu.br

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