sexta-feira, junho 27, 2025
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Usiminas premia fornecedores de destaque

Parceria foi a palavra que marcou a edição 2019 do Encontro de Fornecedores da Usiminas. O evento, realizado na sede da companhia em Belo Horizonte, teve como principal objetivo reconhecer e valorizar o trabalho desenvolvido pelos fornecedores ao longo de 2018.

“Com bons parceiros, sabemos que podemos chegar mais longe, inovar, recomeçar e aprender novos conceitos para alcançarmos as metas que traçamos. É uma relação de ganho mútuo e também de muito trabalho e apoio para que seja possível seguir em um mesmo ritmo e em uma mesma trilha, criando valor para nossas empresas e para a sociedade”, disse Anfitrião do evento, o diretor corporativo de Suprimentos da Usiminas, Arnaldo Ortona,

Trabalho reconhecido, os premiados foram:

Excelência em Serviços Logísticos: EXPRESSO FIGUEIREDO LTDA
Excelência nas Entregas: EMBASIL EMBALAGENS SIDERÚRGICAS
Excelência em Matérias Primas: MINERAÇÃO BELOCAL LTDA
Excelência em Serviços/Capex: ENESA ENGENHARIA LTDA
Excelência em Inovação: UNIFRAX BRASIL LTDA
Fornecedor do Ano: MINERAÇÃO BELOCAL LTDA

Acesse: www.usiminas.com.br

NR12, foi tema do Etechn realizado na Belgo em Contagem – MG

O evento técnico-científico Etechn, em sua última edição de março, realizou-se na sede da Belgo Bekaert em Contagem – MG, teve como objetivo abordar a norma NR12 (conceitos e atualizações) apresentando soluções e aplicações em segurança de máquinas para as indústrias da região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Com palestras de:  José Amauri Martins, falou sobre “NR12 – Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos – Caminhos a percorrer”. Da empresa WEG, António Luis Faria Gonçalves, trouxe o tema “NR12 Categorias de segurança NBR14153”.

“Gestão de documentação da NR12”, foi tema de Breno Silote; Osvaldo Rodrigues da Ross Controls, abordou “Vávulas de segurança para atender a requisitos específicos da NR12”. A Beckhoff apresentou “EtherCAT: Integrando controle e segurança de máquinas para o aumento da produtividade”. Finalizando as apresentações, a Belgo Bekaert trouxe o tema “Proteções físicas para à NR12”.

“O evento Etechn, sediado na Belgo Bekaert Arames foi muito bom, a qualidade na organização, nas palestras e no público presente foi importantíssimo para troca de experiências, ganho de conhecimento técnico, divulgação das soluções apresentadas e um ótimo network…” completa Rogério Marinho – Engenheiro de Projetos da Belgo.

Acesse:  www.etechn.com.br

Orquestra filarmônica de MG e Arcelormittal Brasil celebram patrocínio

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a ArcelorMittal Brasil celebram uma nova parceria a partir de março.

A produtora de aço patrocinará a realização das séries Presto e Veloce, nas quais a Orquestra – criada em 2008 – interpreta grandes obras do repertório sinfônico. A assinatura do contrato de patrocínio, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Além do apoio às duas séries de concerto, a parceria prevê ainda a colaboração de músicos da Orquestra no projeto Acordes, idealizado pela ArcelorMittal e que promove o ensino de música erudita em escolas públicas dos municípios de Juiz de Fora e João Monlevade.

Acesse: brasil.arcelormittal.com.br

Trumpf apresenta o melhor do corte a laser na Expomafe 2019

A TRUMPF participa da Expomafe 2019 (Estande E242) com o melhor da tecnologia em máquinas de corte e conformação de metais. Seja para quem busca aumento de produtividade, ou quem deseja ampliar a capacidade de produção com máquinas de alta performance e baixo custo, ou ainda iniciar-se agora como prestador de serviço no segmento, a TRUMPF tem a solução e irá demonstrar na principal feira de bens de capital do país.

Pela primeira vez no Brasil, a TRUMPF irá apresentar a TruLaser 5030 fiber com 10 kW de potência e várias funções inovadoras, como o Highspeed Eco, o Cool Line e o Bright Line fiber. “Fizemos inovações no projeto da máquina e, com esta potência, conseguimos aumentar o tempo de deslocamento de 263 m/m para 283 m/m. É uma nova TruLaser 5030 fiber, muito mais dinâmica e veloz”, ressalta João C. Visetti, presidente da TRUMPF Brasil.

Entre as máquinas de entrada, estarão expostas a TruLaser 1030 fiber e a TruPunch 1000, compondo uma linha de produção no conceito da Indústria 4.0. Como solução para a dobra de chapas metálicas, a TruBend 5130.

“Esses equipamentos já estão preparados para se integrar a uma linha de produção automatizada, seguindo os preceitos da indústria 4.0. É uma oportunidade única de atualização tecnológica e fazer negócios“, afirma  Visetti.

Acesse: www.trumpf.com
www.linkedin.com/company/11466152/
www.facebook.com/brasiltrumpf/

Dardi International Corporation lançará uma máquina de corte com jato de água na Expomafe 2019

Líder em tecnologia, a DARDI – JATO DE ÁGUA & LASER estará participando da Expomafe 2019 (Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial) com um lançamento que irá impactar o mercado:  uma máquina para corte inclinado.  Considerada a principal feira do setor metalmecânico da América Latina, a Expomafe acontecerá entre os próximos dias 7 a 11 de maio, no São Paulo Expo, em São Paulo.

“Estamos trazendo para a Expomafe 2019 uma máquina com tecnologia avançada, cuja exclusividade é o sistema de corte com cinco eixos que faz  o corte inclinado, de 0 a 60 graus”, adianta o Eng. Marcos Ribeiro, diretor geral da Dardi – Jato de Água & Laser. Segundo Ribeiro, trata-se do modelo DWJ3020-BB-X5 PRO que devido ao cabeçote dinâmico X5 PRO consegue fazer cortes bem diferenciados, se comparados às máquinas com cabeçotes convencionais existentes no mercado.  “O cabeçote se movimenta em qualquer direção, eliminando automaticamente conicidade no processo de corte e o atraso do jato. O cabeçote dinâmico também pode ser usado para fazer chanfros, escareados e, ainda, para produzir peças 3D”, explica o Eng. Ribeiro.

No estande da DARDI – JATO DE ÁGUA & LASER, outro produto que o visitante da Expomafe poderá conferir a funcionalidade e precisão é a máquina de corte a laser, com tecnologia de corte com fibra óptica, a DLCM3015-BF. Trata-se de uma máquina que pode ser aplicável ao corte e ao processamento de materiais,  tais como: aço carbono, aço inoxidável e aço galvanizado, alumínio, cobre e latão.

Acesse:  www.dardi.com.br

TekBrasil Representante Exclusivo na América do Sul

Somos uma empresa de comércio exterior e representação comercial de empresas internacionais. Nos especializamos no segmento de medição e controle de diferentes grandezas.

A Datapaq agora constituída como Fluke Process Instruments é o maior fabricante mundial de termógrafos para monitoramento de temperatura “in process” do produto, por contato, e do forno ao mesmo tempo.

A Specmetrix oferece uma tecnologia capaz de auxiliar na redução de custos de aplicação dos revestimentos, ou seja, reduzir o custo homem-hora para execução do controle de qualidade da produção, garantir a qualidade do revestimento aplicado através do controle apurado do peso do filme.

Temos clientes de diversos segmentos no Brasil e no Exterior e a nossa missão é proporcionar aos nossos clientes satisfação e segurança ao necessitarem de novos equipamentos, peças de reposição, prestação de serviço de assistência técnica, calibração, consultoria e treinamento.

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Estudo do Comportamento dos Aços ABNT D2 e ABNT O1 antes e após o Tratamento Térmico, na usinagem por eletroerosão por penetração – PARTE 1

Daniel Alves Sodré  *1
Willy Ank de Moraes *2

Introdução

A influência do tratamento térmico sobre as propriedades mecânicas dos aços e de que forma isso interfere nos processos convencionais de usinagem tem sido estudado por diversos autores. Entretanto, outras propriedades físicas como a condutividade térmica e elétrica são grande importância em processos de usinagem não convencionais como a eletroerosão, o corte a laser ou a usinagem por plasma. A eletroerosão por penetração é um dos principais processos de usinagem utilizados pela indústria de ferramentaria, permitindo a confecção de geometrias complexas em aços com e sem tratamento térmico. Porém, as tabelas tecnológicas utilizadas na preparação deste processo não consideram o tratamento térmico ou a dureza das peças como uma variável. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar o comportamento dos aços ABNT D2 e ABNT O1 com e sem tratamento térmico de têmpera e revenimento usinados por eletroerosão. Observou-se uma variação dimensional, de rugosidade e integridade superficial entre as amostras.

A conformação de chapas metálicas de diversas espessuras obtida pelas operações de corte, dobra e repuxo é feita por meio de punções e matrizes montados em estampos que associados a prensas, produzem esforços capazes de dar forma a diversos itens de consumo. Produtos estampados estão presentes em nosso dia-a-dia e vão desde uma simples arruela obtida pelo processo de corte, a cunhagem de moedas, ou o repuxo peças de geometria complexas como as usadas pela indústria automobilística em vários modelos de automóveis. A exigência por estampos de conformação cada vez mais resistentes e duradouros tem feito com que projetistas solicitem a utilização de materiais especiais em componentes que até então eram fabricados em aços com menor teor de carbono e poucos elementos de liga.

Entre os materiais amplamente utilizados pela indústria de ferramentaria para a fabricação de componentes de estampos estão os aços ABNT O1 e ABNT D2. Classificados como aços ferramenta destinados à conformação a frio, apresentam excelentes propriedades mecânicas como: alta tenacidade, boa resistência ao desgaste e a fratura, dureza elevada após o tratamento térmico, além de boa usinabilidade e grade estabilidade dimensional [1-2] – características fundamentais para o fim a que se destinam – o que garante que os componentes fabricados com estes materiais sejam capazes de resistir às tensões geradas durante a operação de estampagem.

Uma característica fundamental nos componentes de estampos para conformação é a integridade superficial da área de contato com a chapa a ser estampada. Pequenos riscos, deformações ou rugosidade fora dos padrões nestes componentes serão inevitavelmente transferidos para o produto estampado, prejudicando assim, sua qualidade final. Outro ponto a ser observado é a qualidade da rugosidade ou a presença de micro trincas, oriundas dos diversos processos de usinagem. Segundo Oliveira [3], as superfícies geradas pelos processos de fabricação não são perfeitas, gerando irregularidades que só podem ser observadas quando são ampliadas várias vezes em relação ao seu tamanho original. Estas irregularidades podem se propagar ao longo do punção/matriz ocasionando a diminuição da vida útil do componente ou até mesmo sua fratura.

Um processo capaz de garantir estas características é o processo de usinagem por descargas elétricas (Electrical Discharge Machining – EDM) ou Eletroerosão por Penetração. Considerado como um processo não convencional, a EDM é destinada a usinagem de geometrias complexas e de grande precisão dimensional garantindo excelente acabamento. Caracteriza-se por permitir a usinagem de materiais condutores (e alguns semicondutores) com e sem tratamento térmico [4-5].

A usinagem por eletroerosão ocorre em função da aproximação de dois eletrodos com polaridades diferentes submersos em um meio dielétrico até uma determinada distancia chamada GAP [6]. Quando estes eletrodos se aproximam, um processo de formação de faísca elétrica tem inicio transferindo para a peça a forma do eletrodo ferramenta. A Figura 1 representa o eletrodo ferramenta e a peça durante o processo de usinagem.

Figura 1- Representação da peça e do eletrodo ferramenta
Figura 1- Representação da peça e do eletrodo ferramenta

Dentre as várias teorias existentes, a termoelétrica é a mais aceita para explicar o que ocorre durante a remoção do material na EDM. Segundo Amorim [7], um ciclo de descarga elétrica se divide em 4 fases consecutivas, como mostra a Figura 2:

Figura 2- Fases de uma descarga elétrica durante o processo de eletroerosão.
Figura 2- Fases de uma descarga elétrica durante o processo de eletroerosão.
  1. Fase de ignição da faísca.
  2. Formação do canal de plasma.
  3. Fusão e evaporação de material nos eletrodos.
  4. Ejeção do material fundido.

A remoção de material por meio de eletricidade é bastante complexa, e ocorre em função do aumento de temperatura na região da descarga, causando a fusão e a evaporação do material. As temperaturas na área usinada podem variar entre 10.000° a 50.000°C na fase 3. Estas temperaturas podem provocar alterações na superfície usinada devido à formação de uma zona termicamente afetada gerando a chamada “camada branca” que é consequência da ressolidificação do material em função do resfriamento brusco feito pelo fluido dielétrico ao final da descarga [8].

Durante a usinagem por EDM, a garantia de parâmetros como precisão dimensional, rugosidade, integridade superficial, tolerância de forma e posição depende, entre outras coisas, do regime de trabalho adotado. Diversos autores estudaram de que forma o regime de trabalho adotado interfere nestas características. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar as características superficiais dos aços ABNT O1 e ABNT D2 usinados por EDM, materiais comuns na indústria de ferramentaria para confecção de componentes para estampos de dobra e repuxo. Foram avaliadas a rugosidade final da peça, dimensional e a integridade superficial de corpos de prova com e sem tratamento térmico de têmpera, seguidos de revenimento.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para realização dos experimentos, foram preparados oito corpos de prova (CPs) de aço ABNT O1 e oito de aço ABNT D2 nas medidas de 25 x 25 x 20mm. Quatro CPs de cada aço receberam tratamento térmico para alívio de tensões e em seguida de têmpera e revenimento. Os demais CPs foram mantidos na condição sem tratamento térmico. Como eletrodo ferramenta, foram preparados 16 eletrodos de cobre eletrolítico, um para cada CP, nas medidas de 9,52 x 9,52 x 28mm. A Figura 3 e 4 apresentam os eletrodos ferramentas e os corpos de prova utilizados neste trabalho.

Figura 3 - Representação das barras para retirada dos Corpos de Prova
Figura 3 – Representação das barras para retirada dos Corpos de Prova
Figura 4 - Amostras dos corpos de prova e dos eletrodos ferramenta: (a) aço ABNT D2 como recebido e com tratamento térmico; (b) Aço ABNT O1 com tratamento térmico e como recebido; (c) eletrodos ferramenta; (d) Aço ABNT D2 após a usinagem.
Figura 4 – Amostras dos corpos de prova e dos eletrodos ferramenta: (a)
aço ABNT D2 como recebido e com tratamento térmico; (b) Aço ABNT O1
com tratamento térmico e como recebido; (c) eletrodos ferramenta; (d)
Aço ABNT D2 após a usinagem.

Os experimentos foram efetuados em uma máquina de eletroerosão por penetração (EDM) marca Eletro – modelo ZNC 400 [9], ilustrada na Figura 5.a. Como fluído dielétrico, foi empregado um composto a base de hidrocarbonetos recomendado pelo fabricante. Os CPs foram previamente identificados e erodidos um a um, na sequência da identificação pelo tempo de 20 minutos.

Figura 5 - Equipamentos empregados neste trabalho: (a) Máquina de eletro-erosão por penetração [9]; (b) máquina de medição tridimensional [10]; (c) Rugosímetro Mitutoyo [11]; (d) Durômetro de rebote [12].
Figura 5 – Equipamentos empregados neste trabalho: (a) Máquina de eletro-erosão por penetração [9]; (b) máquina de
medição tridimensional [10]; (c) Rugosímetro Mitutoyo [11]; (d)
Durômetro de rebote [12].
Foram utilizados os mesmos parâmetros tanto para as peças sem tratamento térmico quanto para as tratadas termicamente, alguns dos quais estão ilustrados na Figura 6. Estes parâmetros foram:

  1. a) impulso Ton= 150μs;
  2. b) quantidade de corrente= 2Ts (7A);
  3. c) pausa Toff= 88%
  4. d) Tempo de erosão= 1segundo;
  5. e) Distância de afastamento= 0,5mm

Figura 6 - Dados da tabela tecnológica fornecida pelo fabricante [9].
Figura 6 – Dados da tabela tecnológica fornecida pelo fabricante [9].
A largura do canal usinado foi controla em uma máquina tridimensional marca Tesa Micro-hite [10], ilustrada na Figura 5.b. A rugosidade da superfície usinada, foi aferida por um rugosímetro Mitutoyo modelo SJ-201 [11], mostrado na Figura 5.c. Para o controle da dureza, foi utilizado um durômetro digital portátil modelo TH 160 [12], apresentado na Figura 5.d. Após a usinagem, para a verificação da integridade da superfície usinada e da presença da camada branca, todas as amostras foram submetidas a ensaio metalográfico. O ataque químico em ambos os materiais foi feito utilizando o reagente Vilella.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a usinagem, foram comparadas as características de largura do canal usinado, rugosidade superficial e integridade da superfície usinada nas peças que receberam tratamento térmico e nas que foram mantidas na condição como recebidas.

Em relação à largura do canal usinado, tanto as peças de aço ABNT D2 como as de aço ABNT O1 na condição sem tratamento térmico apresentaram-se em média 18μm maiores do que as que foram tratadas termicamente, como ilustrado na Figura 7. Mesmo uma diferença dimensional da ordem de 18μm pode afetar a qualidade dos ajustes dos moldes e matrizes e consequentemente a qualidade do produto final. Segundo Maziero [13], muitos problemas relativos a projetos só serão descobertos durante a fabricação, como, por exemplo, a obtenção de peças com as dimensões adequadas para a montagem e que mantenham a funcionalidade do produto.

Figura 7 - Variação dimensional entre as peças que foram usinadas com tratamento térmico e as sem tratamento térmico.
Figura 7 – Variação dimensional entre as peças que foram usinadas
com tratamento térmico e as sem tratamento térmico.

O ajuste comum punções e guias em estampos de conformação é H7g6 [14]. Considerando, por exemplo, o ajuste de um punção com 10mm de diâmetro a qualidade g6, segundo a NBR 6158 [15] é permitido um afastamento máximo de 14μm. O afastamento obtido neste estudo entre as peças que receberam tratamento térmico e as usinadas no estado como recebido, foi superior a esta especificação, o que inviabilizaria o uso dos componentes.

A rugosidade do canal usinado foi medida na forma de rugosidade máxima (Ry) e rugosidade média (Ra). Em relação à rugosidade máxima, foi verificada uma coerência entre os valores fornecidos pela tabela tecnológica do fabricante e os obtidos durante os ensaios em todos os Cps. Já em relação à rugosidade média, é possível constatar que, nas amostras tratadas termicamente, a rugosidade é ligeiramente menor que nas amostras sem tratamento térmico. A Figura 8 apresenta os resultados de rugosidade.

Figura 8 – Variação da rugosidade: (a) rugosidade máxima; (b) rugosidade média.

O acabamento superficial de uma peça está diretamente relacionada ao desempenho na sua aplicação. Entre estes desempenhos é possível citar o desgaste de componentes mecânicos, onde, superfícies com rugosidade mais pronunciadas estão sujeitas a desgastes mais intensos do que teriam no caso de um melhor acabamento [16].

Continue…

Acesse: www.willyanksolucoes.com

*1 Tecnólogo Mecânico, Mestre em Engenharia Mecânica da UNISANTA, Professor no SENAI Manuel Garcia Filho e no Centro Universitário Anhanguera de Santo André, São Paulo, Brasil (danielsodre@uol.com.br).

*2 Doutorando, Mestre, Engenheiro e Técnico em Metalurgia e Materiais, Sócio-Diretor da Willy Ank Soluções Metal-Mecânicas, Professor Mestre da UNAERP-Guarujá e Professor Adjunto da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Santos, SP, Brasil (willyank@willyanksolucoes.com).

Carreira na Área de Soldagem – PARTE 3 – Final

Ricardo Ryuichi Takei ryuichi.takei@gmail.com
Prof. Luiz Gimenes Jr. gimenes@infosolda.com.br

Manutenção da certificação

A manutenção da certificação consiste em três etapas:

Etapa 1: o inspetor de soldagem deve, anualmente, efetuar o pagamento de uma taxa estabelecida pelo OCP e enviar o atestado de acuidade visual;

Etapa 2: antes de findo o prazo de 30 meses, contados a partir da data da certificação, o profissional deve encaminhar ao OCP (Organismo de Certificação Pessoal) o documento de comprovação de atuação estabelecido pelo OCP, que comprove a efetiva prestação de serviços profissionais como inspetor de soldagem, no nível para o qual foi certificado, por um período de 15 meses consecutivos ou não;

Etapa 3: antes de findo o prazo de 60 meses, contados a partir da data de certificação, o profissional deve requerer junto ao OCP o exame de recertificação.

Recertificação

Primeira recertificação Após conclusão do período de 60 meses da validade da certificação, esta pode ser renovada pelo OCP (Organismo de Certificação Pessoal), por igual período, após o inspetor de soldagem completar, com sucesso, o exame simplificado.

EXAME SIMPLIFICADO PARA NÍVEL 1

O exame simplificado para inspetor de soldagem nível 1 é composto de três provas, sendo duas obrigatórias e uma aleatória. As provas obrigatórias são:

  1. a) acompanhamento de soldagem;
  2. b) visual/dimensional.

A prova aleatória deve ser uma entre as abaixo relacionadas:

  1. a) consumíveis 1;
  2. b) documentos técnicos 1;
  3. c) tratamento térmico;
  4. d) dureza.

Segunda recertificação e subsequentes

Na segunda recertificação e subseqüentes, para o inspetor de soldagem que atender às condições de manutenção da certificação. O exame simplificado é composto de uma prova aleatória entre visual/dimensional, documentos técnicos 1 ou tratamento térmico.

Nota: Após a 1ª recertificação caso a comprovação de atuação no período correspondente à validade do certificado seja superior a 15 meses, porém inferior a 30 meses, o inspetor de soldagem deve realizar o exame simplificado completo.

Instruções gerais

Cabe ao inspetor de soldagem solicitar o exame simplificado. É recomendado que a requisição seja realizada com no mínimo 180 dias de antecedência do término da validade da certificação.

 Atribuições do inspetor de soldagem N1

Conforme a Norma Brasileira NBR 14842, o Inspetor de Soldagem N1 é um profissional qualificado que garante o cumprimento de procedimentos de soldagem qualificados e a qualidade da solda. Entre suas atribuições estão:

Acompanhar a execução e a conformidade com a quantidade especificada;

Verificar os resultados dos ensaios não-destrutivos;

Verificar se os ensaios não-destrutivos foram executados por pessoal qualificado, procedimento aprovado e na extensão requerida;

Determinar a dureza por meio de medidores portáteis;

Verificar os soldadores/operadores de soldagem quanto:

  1. a) Verificar se somente soldadores/operadores de soldagem qualificados e certificados estão sendo utilizados, se a qualificação desses os autoriza a executar o serviço e se não expirou o prazo de validade da qualificação, de acordo com instruções ou documentos de registro;
  2. b) Verificar a atuação dos soldadores/operadores de soldagem na execução dos serviços e solicitar, quando necessário, nova qualificação.

Quanto ao material de base:

Verificar, por comparação entre marcações no material e documentos aplicáveis, se o material de base é o especificado;

Quanto a verificação dos consumíveis:

Verificar, por comparação entre marcações e documentos aplicáveis, ensaio visual e controle dimensional, se o consumível é o especificado e encontra-se em condições de uso;

Verificar se o armazenamento, manuseio, ressecagem e manutenção da ressecagem do consumível estão corretos, de acordo com as instruções do fabricante do consumível ou outros documentos aplicáveis.

Quanto a inspeção de equipamentos de soldagem:

Verificar se os procedimentos e as instruções estão disponíveis aos soldadores/operadores de soldagem para referência, se estão sendo empregados na soldagem e se somente procedimentos especificados e qualificados, quando necessários, são usados para cada serviço;

Verificar se as dimensões, ajustagem e preparação das juntas estão de acordo com os procedimentos de soldagem, as instruções de fabricação e/ou execução, e os desenhos;

Verificar a adequação para execução do serviço, considerando as condições físicas e ambientais;

Verificar se o preaquecimento, quando necessário, está sendo efetuado e se está de acordo com os procedimentos de soldagem e as instruções de fabricação e/ou execução;

Verificar se as condições de proteção individual e coletiva no que concerne à soldagem estão sendo atendidas.

Quanto a inspeção durante a soldagem:

Verificar se a soldagem está sendo conduzida de acordo com os procedimentos de soldagem e com as instruções de fabricação e/ou execução, enfatizando a sequência de soldagem, os requisitos de limpeza e o controle de deformações;

Verificar se o controle da temperatura entre passes, quando necessário, está sendo aplicado e se está de acordo com os procedimentos de soldagem e as instruções de fabricação e/ou execução.

Quanto a inspeção após soldagem:

Verificar se o pós-aquecimento, quando necessário, está sendo efetuado e se está de acordo com as instruções de fabricação e/ou execução;

Executar ensaio visual e controle dimensional da solda completa, de acordo com as instruções de fabricação e/ou execução e os desenhos;

Quanto aos ensaios não-destrutivos

Verificar se os ensaios foram executados por pessoal qualificado, procedimento aprovado e na extensão requerida, de acordo com as instruções de fabricação e/ou execução;

verificar e analisar, através de relatórios, os resultados dos ensaios não-destrutivos dos serviços de soldagem sob sua responsabilidade, com o objetivo de retroalimentar as operações de soldagem para evitar a reocorrência das descontinuidades detectadas pelos ensaios não-destrutivos.

Quanto aos ensaio de dureza:

Executar quando necessário, medições de dureza por meio de aparelhos portáteis.

Quanto tratamento térmico após soldagem:

Verificar, antes de proceder ao tratamento térmico, se as peças ou equipamentos foram aprovados nos ensaios não destrutivos;

Verificar se o tratamento térmico, quando necessário, está sendo conduzido de acordo com os procedimentos de tratamento térmico e as instruções de fabricação e/ou execução;

Quanto ao reparo de solda:

Verificar se as marcações de reparo de solda estão de acordo com os laudos emitidos;

Verificar se a soldagem e/ou outros métodos de reparo estão de acordo com os procedimentos de soldagem e as instruções de fabricação e/ou execução.

Quanto ao registro de resultados

Registrar resultados, relatar não-conformidades e controlar e registrar o desempenho dos soldadores/operadores de soldagem, através de procedimentos estabelecidos;

Registrar os ensaios testemunhados na qualificação de procedimentos de soldagem, de soldadores/operadores de soldagem e as condições de preparação e execução de peças de teste e peças de teste de produção;

Referencia

  1. TWI TRAINING AND EXAMINATION WORLD WIDE, EWF/IIW WELDING DIPLOMA, 2013.
  2. AWS WELDING INSPECTOR BODY OF KNOWLEDGE, 2015.
  3. IVO STEFFEN, RAIMUNDO BRÍGIDO AND LUCIENNE FREIRE, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS, ‘’RELATOS DE ALGUMAS EXPERIÊNCIAS BRASILEIRAS”, 2002.
  4. INBRAEP, CURSO NR 13 VASO DE PRESSÃO ON LINE, 2014, Disponível em: http://inbraep.com.br/curso-nr13-vasos.php?gclid=CjwKEAjwrvq9BRD5gLyrufTqg0YSJACcuF81CnYAM2ysLuXZoxxaKH–LV5OkXXRKZKwPNvxM9EBoCsxzw_wcB>. Acesso em: 30 de Agosto. 2016
  5. IAB 002 EWF 409, MINIMUM REQUIREMENTS FOR THE EDUCATION, TRAINING , EXAMINATION, AND QUALIFICATION OF PERSONNEL, REV1, 2000.
  6. IAB 252, IIW GUIDLINE FOR INTERNATIONAL WELDING ENGINEERS, TECHNOLOGIST, SPECIALISTS AND PRACTITIONERS, 2014.
  7. INMETRO, PORTARIA 248, REGULAMENTO TÉCNICO DE QUALIDADE PARA CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO DE PRODUÇÃO SERIADA, 2014.
  8. ABENDE, DC-001, ENSAIO E CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS, REV10, 2004.
  9. INMETRO, PORTARIA 16, REQUISITOS PARA SERVIÇOS PRÓPRIO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS-SPIE, 2001.
  10. COTEQ, MANUEL J. DE CASTRO LOURENÇO, MARCELO MACIEL PEREIRA, MAURÍCIO SALDANHA MOTTA, 6ª CONFERENCIA SOBRE TECNOLOGIA DE EQUIPAMENTOS, 2002.
  11. ABNT, NBR 14842, CRITÉRIOS PARA A QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE INSPETORES DE SOLDAGEM, 2003.
  12. NORMA FBTS N-008, CRITÉRIOS PARA A QUALIFICAÇÃO E A CERTIFICAÇÃO DE SUPERVISORES E ENCARREGADOS DE SOLDAGEM,REV00, 2015.
  13. NORMA FBTS N-007, CRITÉRIOS PARA A QUALIFICAÇÃO E A CERTIFICAÇÃO PARA ENGENHEIRO E TECNÓLOGO ESPECIALISTAS EM SOLDAGEM, REV01, 2013.
  14. CONTEQ N-2688, TESTE DE PRESSÃO EM SERVIÇO DE VASO DE PRESSÃO E CALDEIRAS, REV.B, 2014
  15. ABS-ANB, DANIEL ALMEIDA E VLADIMIR PONOMAROV, O QUE DIZEM AS NORMAS SOBRE COORDENADORES DE SOLDAGEM.
  16. ELECTRA, FICHA TÉCNICA DE CURSO DE QUALIFICAÇÃO, SOLDADOR DE ELETRODO REVESTIDO.
  17. INSTITUTO MONITOR, CARREIRA DO SOLDADOR, Disponível em:< http://www.institutomonitor.com.br/profissao-soldador.aspx?cod_curso=SOLM>. Acesso em: 27 de Set.2016.
  18. CATHO, PROFISSÃO SOLDADOR, Disponível em:< http://www.catho.com.br/profissoes/soldador/>. Acesso em: 27 de Set.2016.
  19. OCUPAÇÕES, SOLDADOR, Disponível em:< http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/724315-soldador>. Acesso em: 27 de Set.2016.

Acesse: www.infosolda.com.br

Sandvik Coromant inaugura Centro Tecnológico e nova sede em Jundiaí (SP)

De acordo com lideranças globais presentes, complexo da multinacional será referência para novas instalações, e pode oferecer treinamento local e on-line, para diversas partes do mundo.

Com a presença de executivos globais da companhia, a Sandvik Coromant recebeu clientes, parceiros e a imprensa em sua nova sede e centro tecnológico no Brasil, o Sandvik Coromant Center. O encontro foi na cidade de Jundiaí (SP). A mudança transfere a sede da companhia do bairro de Santo Amaro, na capital paulista, para o interior do estado. A inauguração aconteceu no último dia 20/03.

A empresa é líder na fabricação e comercialização de ferramentas de corte e soluções de usinagem, e deve agora aproveitar a nova localização, também, por seu caráter de hub tecnológico que agrega diversas companhias de alta tecnologia. Também foi atraente a proximidade com o aeroporto de Viracopos (Campinas) e com o Porto de Santos.

“Estamos orgulhosos em celebrar a inauguração deste Center – comentou Cláudio Camacho, vice-presidente de Vendas da Sandvik Coromant para América do Sul e Central – por muitos anos, utilizamos nosso centro de treinamento do prédio antigo, na capital. Sabemos que muitas pessoas formadas na indústria passaram pelo treinamento da Sandvik. E essa é a essência da empresa, transmitir conhecimento. Nos últimos cinco anos, mais de 20 mil pessoas foram treinadas pela Sandvik Coromant. Apenas em nossas instalações anteriores, foram cerca de 5 mil pessoas. Agora nosso Center em Jundiaí caminha para um novo patamar tecnológico, e temos objetivo de treinar 3 mil pessoas por ano. É uma garantia de que a empresa está investindo no Brasil, transmitindo conhecimento e treinando profissionais para essa fase digital que temos pela frente. E escolhemos a cidade de Jundiaí porque possui uma estrutura que nos atende muito bem”.

“Dentre os 19 centros de treinamento que possuímos no mundo, nenhum é tão avançado como este”, disse Nadine Crauwels, presidente global da Sandvik Coromant. “Ele é um hub de conhecimento para o Brasil. Por isso, vamos reunir as mentes mais brilhantes de diversas indústrias para moldar o futuro. Este lugar é para todos que têm um forte interesse em novas tecnologias, novas ferramentas, e no futuro da manufatura global. Este Sandvik Coromant Center não é apenas um local físico para conhecer e interagir, é também um centro digital. Temos recursos para fazer transmissões e nos conectar a outros Sandvik Coromant Centers em todo o mundo, além de realizar sessões de usinagem digital ao vivo. Este é realmente um centro do futuro. E se pensarmos nele como um centro digital, não se trata apenas de conectar máquinas aqui com o mundo. Conectamos experts de diversos países, e não estamos falando apenas de ferramentas, mas de todas elas combinadas em aplicações e com conhecimentos diferentes: robôs, software, ferramentas, tudo isso para ganhar produtividade”.

Entre os executivos globais esteve também Björn Rosengren, presidente e CEO do grupo Sandvik. Ele comentou que “o Brasil deveria estar entre os líderes do mundo, liderando crescimento. O país é incrível e eu o admiro muito não só porque é imenso e populoso, tão grande quanto a Europa, mas porque é uma potência global e na América Latina. Tem uma economia robusta, com muitos ativos em mineração e óleo e gás, e uma tradição de forte indústria de manufatura. Nossas competências estão alinhadas com o Brasil É por isso que esse novo Center é um grande passo para apoiar vocês do jeito certo, e no futuro”.

A cerimônia recebeu também o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado. Para ele, a abertura do novo Center é “uma celebração do caminho sustentável para a cidade e o estado. Mais pessoas virão a Jundiaí, e se hospedarão aqui, movimentando a cidade em razão dessa empresa que está sendo instalada. Esta cidade é parte de um país que deu certo, e que pode ensinar lugares de todo o mundo como gerir as questões públicas. Somos business friendly”.

Treinamento e interatividade

Logo após a abertura, os convidados passaram por diversas demonstrações com os equipamentos de ponta da nova sede. As instalações permitem a realização de testes, tryouts, projetos de clientes (em ambiente físico e virtual) e cursos práticos. O espaço possui também auditório para 100 pessoas, showroom integrado e equipamento para a transmissão de demonstrações em máquina, e treinamentos ao vivo para outros países. Também pode receber colaboração de projetos de outros Centers ao redor do planeta, em tempo real.

Além disso, o novo prédio também tem uma célula com alguns processos da Indústria 4.0. O sistema liga máquinas, robôs e equipamentos de medição e permite aos clientes assimilar o funcionamento dos processos digitais e tomar as melhores decisões para seus negócios. Outros equipamentos incluem dois centros de usinagem – um vertical e outro horizontal – um centro de torneamento multitarefas e um torno CNC.

Além de auxiliar o treinamento dos funcionários da Sandvik Coromant, as máquinas estarão à disposição dos clientes para testes de usinagem de peças. Desse modo, as companhias parceiras não precisam interromper suas produções para realizar simulações.

Sobre a Sandvik Coromant

Parte do grupo de engenharia industrial global Sandvik, a Sandvik Coromant está na vanguarda no que se refere a ferramentas para manufatura, soluções de usinagem e conhecimento que impulsionam o desenvolvimento de padrões e inovações exigidos pela indústria metalmecânica, tanto hoje quanto para a próxima era industrial. Suporte educacional, amplo investimento em P&D e sólidas parcerias com os clientes garantem o desenvolvimento de tecnologias de usinagem que mudam, lideram e direcionam o futuro da manufatura. A Sandvik Coromant possui mais de 3.100 patentes em todo o mundo, emprega mais de 7.900 colaboradores e está representada em 150 países. Para mais informações, visite www.sandvik.coromant.com ou siga-nos nas redes sociais.

Sobre o Grupo Sandvik

A Sandvik é um grupo global de engenharia de alta tecnologia que oferece produtos e serviços que aumentam a produtividade, a rentabilidade e a segurança do cliente. Temos posições de liderança mundial em áreas selecionadas – ferramentas e sistemas de ferramentas para usinagem; equipamentos e ferramentas, serviços e soluções técnicas para a indústria de mineração e escavação de rochas no setor de construção; produtos em aços inoxidáveis avançados e ligas especiais, bem como produtos para aquecimento industrial. Em 2018, o Grupo tinha aproximadamente 42.000 funcionários e receitas de cerca de 100 bilhões de coroas suecas (SEK) em mais de 160 países dentro de operações contínuas.

Acesse: www.sandvik.coromant.com

Barra de Aço para armadura de concreto galvanizada por imersão a quente – PARTE 1

Uma das maiores patologias do concreto armado é a corrosão das armaduras embutidas no concreto. O Brasil tem registrado ultimamente com mais frequência o colapso de estruturas de concreto, sejam em edificações ou em obras de arte (pontes/viadutos). A barra de aço para armadura de concreto galvanizada por imersão a quente, que protege o aço contra a corrosão, é uma alternativa que resolve o problema na raiz, com eficácia e baixo custo.

O concreto armado (reforçado) é um dos materiais de construção mais amplamente usado. Tem custo razoavelmente baixo, facilmente disponível, possui uma gama de propriedades e características adequadas para diversas aplicações na construção civil.

O concreto armado é resultado da união entre concreto simples e armadura de reforço em seu interior. A armadura de reforço constitui-se de barras de aço adicionadas na zona onde o concreto é solicitado à tração. Desse modo, o concreto e o aço trabalham em conjunto, uma vez que, o concreto, resiste aos esforços de compressão, e o aço, absorve os esforços à tração cujo concreto apresenta baixa resistência.

Porém, um dos principais pontos a ser observado, é garantir a plenitude da barra de aço destinada à armadura de concreto armado, pelo aumento de sua vida útil e assim manter a eficiência do concreto armado.

Atualmente no Brasil temos presenciado com mais frequência os colapsos de estruturas de concreto armado em edificações e obras de arte (pontes/viadutos) em função da corrosão das armaduras, diagnosticadas pela falta da manutenção, que gera custos. Esta falta de manutenção pode ser mitigada pela galvanização por imersão a quente das barras de aço destinada à armadura de concreto armado.

Por mais de 50 anos, os revestimentos de zinco obtidos através de galvanização por imersão a quente têm sido usados ao redor do mundo para proteger da corrosão as barras de aço destinadas à armadura de concreto armado, de modo econômico, pois diminui o custo de manutenção e eficaz, pelo aumento a vida útil das mesmas mesmo que ocorram falhas no cobrimento do concreto. Assim a integridade do concreto armado está garantida por mais tempo.

O PROBLEMA DA CORROSÃO DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO

O concreto é um material poroso constituído de pequenos poros e capilares, através dos quais os elementos corrosivos como a água, os íons de cloreto, o oxigênio, o dióxido de carbono e outros gases se infiltram na matriz de concreto, eventualmente atingindo as barras de aço destinadas à armadura de concreto armado, conforme ilustrado na figura 01.

Figura 01: Penetração de elementos corrosivos no concreto
Figura 01: Penetração de elementos corrosivos no concreto

Para cada mistura de concreto, em alguns níveis críticos de elementos corrosivos, o aço despassiva-se e a corrosão se inicia. O concreto por si só exibe boa resistência de compactação, mas possui pouca resistência de tensão, geralmente cerca de um décimo da resistência de compactação. Quando o ferro se oxida, ocorre uma diminuição da seção da armadura e os produtos resultantes da corrosão são de 2-10 vezes mais volumosos do que o aço original, o que gera tensão que excede a capacidade de tensão do concreto ao seu redor, fazendo-o rachar e fragmentar-se, conforme ilustrado nas figuras 02 e 03. Após a rachadura ter ocorrido, a capacidade estrutural do elemento pode ser comprometida, podendo ser necessários reparos caros para ampliar sua vida útil.

Figuras 02 e 03: Efeito da corrosão nas armaduras de aço dentro do concreto
Figuras 02 e 03: Efeito da corrosão nas armaduras de aço dentro do concreto

COMO PREVENIR A CORROSÃO DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO

O método mais comum é assegurar que o concreto que cobre o reforço (a barra) seja da espessura adequada e que o concreto em si seja denso e impermeável.

Como muitas vezes a realidade em campo não condiz ao que foi projetado, uma linha de defesa importante é proteger da corrosão a própria barra, por galvanização por imersão a quente, que consiste no revestimento do zinco no aço/ferro. O aço é imerso em um banho de zinco fundido a uma temperatura entre 440 °C a 480 °C, o que resulta em uma reação metalúrgica entre o zinco e o ferro, isto é, o zinco penetra na rede cristalina do metal base, resultando em uma difusão intermetálica, ou seja, na formação de ligas de Fe-Zn, camadas intermetálicas, na superfície de contato do substrato.

Este processo torna o revestimento integrado desde o metal base até a superfície, onde a camada formada é de zinco puro, isolando as barras de aço do concreto ao redor.

As barras galvanizadas por imersão a quente oferecem muitas vantagens sobre as barras convencionais sem proteção, incluindo:

  • O aço fica protegido contra a corrosão antes de ser imerso no concreto.
  • O zinco possui limite de concentração de cloreto mais alto para corrosão que o aço descoberto. Isso retarda significativamente o início da corrosão, a partir da infiltração de cloretos, na superfície das barras por galvanização por imersão a quente.
  • A velocidade de corrosão do zinco no concreto é menor que a do aço, e os produtos de corrosão que o zinco forma não provocam tensões internas tão prejudiciais como as que o aço produz, quando sofre corrosão dentro do concreto. Como resultado o concreto não sofre deterioração.
  • Os revestimentos de zinco proporcionam, além da barreira, uma proteção catódica, isto é, o zinco apresenta um potencial de redução menor que o ferro, se oxidando preferencialmente ao aço, o que significa que se ocorrer alguma imperfeição ou rachadura no revestimento, expondo o aço, a corrosão se concentrará preferencialmente na camada do zinco circundante, proporcionando assim uma proteção eletroquímica ao aço exposto. Desta forma, o revestimento galvanizado não pode ser debilitado pelos produtos resultantes da corrosão do aço, como ocorre no caso de outros revestimentos tipo barreira, como por exemplo, o epóxi.
  • A maior resistência à corrosão das barras por galvanização por imersão a quente permite uma maior tolerância à diversidade e aplicações do concreto.
  • Sua aplicação está padronizada de acordo com normas internacionais (ASTM A767, ISO 14657) que asseguram a qualidade e as características de aplicação.
  • No Brasil existe a norma ABNT NBR 16300:2016 – Galvanização por imersão a quente de barras de aço para armadura de concreto armado – Requisitos e métodos de ensaio.
  • As barras de aço para armadura de concreto armado galvanizadas por imersão a quente atendem aos requisitos da norma NBR 7480:2007 – aço destinado a armaduras de concreto armado.
  • Aumenta a vida útil da estrutura.

Essas características das barras galvanizadas reduzem sensivelmente o risco de que sejam afetadas pela corrosão, que é a responsável pelo aparecimento de manchas de óxido, de rachaduras e de fragmentação do concreto. O uso de barras de aço galvanizadas prolonga os intervalos de manutenção das estruturas de concreto e reduz substancialmente o custo de manutenção como um todo.

De uma forma geral, de barras de aço galvanizadas, podem ser tratadas do mesmo modo que as barras sem revestimento e não exigem precauções especiais para proteger o revestimento durante o manuseio, transporte e instalação na obra. Veja a ilustração na figura 04.

Figura 04: Barras galvanizadas no canteiro de obras
Figura 04: Barras galvanizadas no canteiro de obras

PERFORMANCE DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO GALVANIZADAS POR IMERSÃO A QUENTE NO CONCRETO

  • Relação água/cimento: entre 0,4 e 0,5 para concreto armado em ambiente marinho é a recomendação de norma ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto — Procedimento.
  • Quanto menor esta relação, menor a porosidade do concreto, portanto menos permeável;
  • Embora o hidroxizincato de cálcio não evite a penetração do íon cloreto, a superfície do vergalhão galvanizado é 2,5 vezes mais tolerante a cloretos do que vergalhão sem proteção.
  • Zinco em soluções fortemente alcalinas (> pH 12,5) é passivado por formação de camada de cristais aderentes – hidroxizincato de cálcio (CaHZn).
  • A formação do hidroxizincato de cálcio (CaHZn) começa imediatamente em contato com a solução de cimento molhado, reduzindo assim o valor do pH ao redor de 9,0, levando o zinco ao seu estado passivado, portanto cessando sua oxidação, estabilizando o mesmo e isolando-o do ambiente circundante. A reação com zinco cessa logo que o concreto endurece.
  • As barras de aço galvanizadas não sofreram com os efeitos de elementos ácidos produzidos pela carbonatação à medida que o concreto envelhece, pois, o zinco tem uma faixa de pH de passivação, Ph entre 06 e 12) muito maior que o aço.
  • O hidroxizincato de cálcio é um produto fibroso, apresenta uma elevada adesão química ao concreto, o que resulta na elevada aderência ao concreto.
  • Há evidências que sugerem que a difusão dos produtos resultantes da corrosão do zinco ajuda a preencher os espaços porosos na interface concreto/vergalhão, tornando essa área menos permeável e ajudando a reduzir o transporte de substâncias agressivas (como os cloretos) através desta interface, que dá acesso ao revestimento de zinco.

Aderência da barra de aço galvanizado por imersão a quente ao concreto

  • A aderência das barras galvanizadas ao concreto não é menor do que a dos vergalhões sem revestimento; e em muitos casos é ainda melhor. A média do coeficiente de conformação superficial, η=1,8 atende aos requisitos da norma ABNT NBR 7480 – Aço destinado às armaduras de concreto armado (mínimo η = 1,5 para Ø ≥ 10mm para categorias CA50 e CA60). Isso permite utilizar as mesmas especificações de projeto no concreto armado (tamanho das barras, comprimentos das sobreposições, etc.), que se aplicam no caso das barras sem proteção. Os dados acima são resultados de ensaios realizados, em agosto de 2013, ensaios no laboratório Falcão Bauer, cujos números são: L-236.758/1/13 e L-236.758/2/13.

Evolução de hidrogênio

  • Quando o zinco reage com o concreto úmido ocorre a formação de hidroxizincato de cálcio, acompanhado pela evolução do hidrogênio. Este produto da corrosão é insolúvel e protege a camada de zinco subjacente (sempre e quando o pH da mistura de concreto circundante esteja abaixo de 13,3). As pesquisas têm demonstrado que durante este período de reação inicial e até que a passivação do revestimento e o endurecimento do concreto ocorram, parte da camada de zinco puro do revestimento é dissolvida, entre 05 a 10 micrometros.

Entretanto, esta reação inicial cessa quando ocorre o endurecimento do concreto e há a formação da camada de hidroxizincato. As análises das barras de aço galvanizadas, recolhidas de estruturas em campo, indicam que o revestimento permanece neste estado de passivação por períodos mais longos, mesmo estando expostos aos altos níveis de cloreto do concreto circundante. No caso de concreto com pH elevado ou quando se espera a presença de uma certa concentração residual de cloretos, a superfície do zinco pode ser passivada, usando-se vários pós-tratamentos comerciais, com o intuito de protegê-la contra a evolução excessiva de hidrogênio, o que pode, em casos mais extremos, reduzir a força de aderência dos vergalhões. Quando o concreto se encontra em condições normais, as pesquisas têm demonstrado que não existe nenhuma diferença estatística na força de aderência do vergalhão galvanizado, tanto no caso de ter sido passivado como no caso de não ter sido.

  • Algum hidrogênio nascente ocorre por reação do zinco com a pasta de cimento alcalina, sendo mais uma reação catódica do processo. A evolução cessa quando a pasta endurece.

O hidrogênio nascente sobre o zinco, neste caso, não migra para dentro, não atingindo o aço, pois a difusibilidade do hidrogênio nascente no zinco é bastante pequena, em torno de três vezes menor que o valor observado sobre o aço. Assim o aço permanecerá íntegro.

Presença de outros metais no concreto

  • Uma consideração adicional ao usar o aço galvanizado é a possibilidade de estabelecer conexões bimetálicas entre o zinco e o aço sem revestimento. O aço galvanizado não deve ser unido a grandes áreas de aço sem revestimento, cobre ou outros metais, a menos que se aplique isolamento adequado. Arames para amarração, suportes e outras barras também devem ser galvanizados.

PRÁTICAS NO CAMPO DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO GALVANIZADAS POR IMERSÃO A QUENTE NO CONCRETO

É recomendado consultar o Anexo B – Diretriz para a prática no campo, da ABNT NBR 16300:2016 – Galvanização por imersão a quente de barras de aço para armadura de concreto armado – Requisitos e métodos de ensaio.

Dobra das barras de aço para armaduras de concreto galvanizadas por imersão a quente

As barras de aço para armaduras de concreto galvanizadas por imersão a quente, conforme norma americana ASTM A767:

  • Apresentam desempenho aos esforços de tração similar aos das barras nus. O processo da galvanização por imersão a quente não afeta as propriedades mecânicas do aço para o concreto armado.
  • Dobra a frio antes da galvanização, deverão ser fabricadas com um diâmetro igual ou superior aos especificados na tabela 2 abaixo.
  • Dobra após a galvanização, a presença de rachaduras e descamação do revestimento do zinco na área de curvatura não devem ser motivos de rejeição. A tendência de rachaduras do revestimento de zinco aumenta com o diâmetro da barra e com a intensidade e taxa de curvatura.
  • Eventuais danos podem ser reparados com tinta rica em zinco (mín. de 85% de zinco) ou pelo processo de metalização de zinco.
TABELA 2 Minimum Finished Bend Diameters
TABELA 2 Minimum Finished Bend Diameters

Manuseio e armazenamento

Os vergalhões galvanizados podem ser armazenados na intempérie sem afetar seu desempenho anticorrosivo. Isso permite o armazenamento de tamanhos-padrão de modo que estejam disponíveis segundo demanda. Outra característica do vergalhão galvanizado é que pode ser manipulado e disposto da mesma maneira que o vergalhão sem revestimento. Isso devido à alta resistência à abrasão que possui o material galvanizado por imersão a quente.

Soldagem durante a instalação

Soldar vergalhões galvanizados não é um problema desde que sejam tomadas as precauções necessárias, como aplicar na região da solda tinta com teor mínimo de 85% de zinco ou aspersão térmica de zinco – metalização. O procedimento inclui utilizar velocidades de solda mais lentas e manter uma ventilação adequada.

Reparos no revestimento durante a instalação

Danos ao revestimento em áreas soldadas, dobradas ou bordas cortadas não afetarão significativamente a proteção oferecida pela galvanização se a área exposta for pequena em relação à área galvanizada.

Atualmente as siderúrgicas oferecem o fornecimento das barras de aço para armaduras de concreto armado já dobrado e cortado nas dimensões do projeto. É recomendado realizar a galvanização por imersão a quente nestas condições para aumentar a eficiência do revestimento do zinco nas barras.

EXPECTATIVA DE DURABILIDADE DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO ARMADO

A – Concreto é exposto aos agentes agressivos (CO2, cloretos e outros);
B – Período de oxidação destrutiva do aço sem revestimento (linear) até o limite aceitável de deterioração do concreto;

Abaixo com barras de aço (vergalhão) para armaduras de concreto armado galvanizadas por imersão a quente.

C – Iniciação da oxidação do zinco. Extensão da durabilidade devido à maior tolerância dos íons cloretos e ao pH;
D – Período de proteção enquanto se dissolve uma pequena parcela da camada de zinco puro na superfície do aço;
E – Período de proteção adicional enquanto se dissolvem as camadas de liga Zn+Fe do Revestimento;
F – Ataque do aço exposto idêntico ao B.

Corrosão vs Tempo

Continua…

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