Depois de três anos de estagnação, a construção civil ainda não mostra sinais palpáveis de recuperação, apesar da confiança dos empresários do setor
Por Ricardo Torrico
Passados os primeiros seis meses do ano, ocorre uma curiosidade natural sobre como será o desempenho da economia no segundo semestre – principalmente quando o primeiro esteve aquém das expectativas. No caso deste ano, não há muito que se possa esperar sobre uma recuperação consistente da economia como um todo e, particularmente, do setor da construção civil – o qual, por sua vez, é um dos três grandes mercados do aço. Alardeado pelo governo como o ano em que a economia ‘decolaria’, 2018 revelou-se anêmico, devido a uma infeliz conjunção de fatores. Além de ser o quarto ano da Operação Lava-jato, é também um ano de eleição presidencial e, portanto, de indefinições políticas. Em maio, a greve dos caminhoneiros jogou um ‘balde de água’ ainda mais fria na atividade econômica. No ambiente externo, o protecionismo implantado pelo presidente norte-americano criou novos freios ao comércio internacional, estabelecendo inclusive cotas de exportação para o aço e alumínio brasileiros. Ou seja, motivos não faltam para justificar o pessimismo e a persistência do alto nível de desemprego no nosso ambiente econômico interno.
Mercado estagnado
Esse pessimismo reflete os números oficiais da economia para este ano, sintetizados na redução da expectativa de crescimento do PIB, que já caiu do patamar superior a 2%, estimado no início do ano, para algo em torno de 1,5%, enquanto a inflação tem se deslocado no sentido oposto, atingindo 4,15%, de acordo com a evolução registrada pelos relatório Focus do Banco Central. Analisando com mais profundidade o crescimento da economia, verifica-se ainda uma grande disparidade entre o desempenho dos diversos segmentos que o PIB brasileiro, como pode ser visto no gráfico Taxa de Crescimento – Setores e Construção Civil, elaborado pelo Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com base no levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as Contas Nacionais. Nele, pode-se ver claramente o fraco desempenho do setor da construção civil nos últimos anos. Desde 2014, quando começou a crise no Brasil, o PIB da construção civil vem acumulando resultados negativos, começando em -2,1% nesse ano, passando pelo ápice de -9% em 2015, até se situar em -5% em 2017. Vale observar, ainda, que a construção foi o único setor que se manteve em queda em 2017 – e continuou em queda no primeiro trimestre deste ano.
Dentre os fatores já apontados como responsáveis pelo pessimismo generalizado que assola o país, alguns se destacam como diretamente responsáveis pelo mau desempenho da construção civil. Embora conte com a aprovação de nove entre cada dez brasileiros, a Lava Jato trouxe em seu bojo alguns efeitos colaterais. Tornou-se um importante fator inibidor da construção civil ao colocar sob seus holofotes as grandes construtoras brasileiras, que, como consequência, hoje enfrentam graves crises financeiras. Desde 2014 – ano do início da Lava Jato – a Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez viram suas estruturas e negócios encolherem. Em pior situação encontram-se a UTC e Galvão Engenharia, que pediram recuperação judicial. Embora legítima e louvável, a ‘caça às bruxas’ promovida pela ação do juiz Sérgio Moro tem sido um componente inibidor adicional à redução drástica dos investimentos governamentais em infraestrutura, decorrente do ajuste fiscal promovido em todas as esferas do Estado brasileiro.
A crise dos últimos anos também reduziu o índice de confiança no âmbito privado, seja dos grandes empresários ou dos pequenos empreendedores, que passaram a protelar suas decisões de novos investimentos, refletindo-se no desinteresse generalizado na construção de novas unidades industriais e comerciais ou na locação de unidades já existentes. Sinais evidentes dessa situação podem ser vistas em todas as grandes cidades brasileiras, onde proliferam os cartazes de ‘aluga-se’ em tradicionais ruas comerciais e bairros industriais – não raro, esses cartazes se referem a andares ou prédios inteiros. Com um grau tão elevado de vacância, cabe questionar se algum empreendedor se animaria a investir na construção de novas unidades.
Confiança renovada
No entanto, apesar de os números da construção civil persistirem em ficar no vermelho, os empresários desse mercado acreditam em sua recuperação – provavelmente por acreditarem que, depois de tantas quedas, já está na hora desse mercado se recuperar. Enquanto essa expectativa não se materializa, as perspectivas do setor são avaliadas pelos índices de confiança dos empresários, medida por instituições de pesquisa econômica. Um deles, o Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), indicou no mês de maio uma elevação de 0,4 ponto em relação a abril, alcançando 82,4 pontos. Segundo a FGV, “essa ligeira alta decorre da melhora das perspectivas de curto prazo compensando a piora das avaliações atuais dos empresários do setor”. O mesmo levantamento indica que o Índice de Expectativas (IE-CST), outro índice elaborado pela FGV, também subiu 2,1 pontos, atingindo 94,8 pontos, o maior nível desde janeiro de 2018, quando tinha atingido 95,9 pontos.
Embora menos pessimistas, os empresários da construção consultados pela FGV indicaram a demanda insuficiente como a principal limitação enfrentada pelas empresas desde julho de 2014. Além do crédito mais caro e difícil, o empresariado apontou também o cenário macroeconômico agravado pela incerteza política deste ano de eleição presidencial. Vale lembrar que, pelo menos na área da construção habitacional, existe uma crônica demanda reprimida no Brasil e, se dependesse dessa demanda, o setor certamente não passaria por crises. O problema, porém, está na falta das demais condições necessárias para reduzir o déficit habitacional brasileiro: baixo nível e baixa estabilidade de emprego e renda, bem como falta de linhas de financiamento acessíveis, ou seja, com juros razoáveis.
Enquanto a eleição presidencial – bem como do Legislativo, ou seja, das bancadas que vão viabilizar (ou não) as iniciativas do Executivo – não se delinearem, a indústria da construção civil e, consequentemente, a demanda de seus insumos industrias, entre eles, o aço, deve continuar, na melhor das hipóteses, ‘andando de lado’.
Construção naval:
Dobra de tubos em rede e maiores benefícios de tempo
O software transfluid melhora os processos móveis e a máquina de dobra com alto desempenho para grandes tubos oferecem até 60% economias de tempo
As soluções digitais são exigidas pela construção naval internacional e pela indústria off-shore para o planejamento eficiente de seus recursos e processos. Para suportar isso, a transfluid fabricante da máquina de alta tecnologia combina suas tecnologias de dobra para tubos de grande diâmetro com redes em linha destinadas a aplicações práticas, como com o software “t project” que calcula previamente a orientação exata dos flanges, ao dobrar tubos retos com flanges soldadas. Mas ferramentas de medição móvel adquirem dados no local, por exemplo para medir com precisão os tubos de molde. Além disso, a transfluid oferece a opção de processos de formação final de tubos com o tubo rotativo formando UMR ‘ t Form ‘ Machine. Por exemplo, é possível introduzir os flanges alargadas economicamente e, subsequentemente, dobrar o tubo.
Dobrar tubos com um diâmetro de até 400mm mais rápido
“economizar tempo e dinheiro são aspectos que tornamos possível para esta indústria, quando se trata de processamento de tubos”, diz a Diretora Stefanie Flaeper da transfluid Maschinenbau GmbH. “nosso ‘ t bend” máquina de dobra CNC substituiu a necessidade de soldar curvas em grandes tubos há muito tempo, uma vez que reduz os custos de produção. Além disso, os sistemas de dobra economizam até 60% do tempo de produção para tubos com um diâmetro de até 400 milímetros. A configuração rápida da máquina, às vezes em menos de 10 minutos, também desempenha um papel crucial. Equipado com um sistema de controle inteiramente automatizado do CNC, as unidades transfluid podem processar tubos com paredes finas e grossas e feito de todo o material, mesmo com raios do diâmetro do tubo de 1,5 x ou mais. Estes raios de curvatura apertados são alcançados com desbaste mínimo incomparável das paredes do tubo. Isso leva a benefícios também em termos de espaço a bordo do navio.
Melhor flexão de tubos com flanges com o software transfluid
É possível conseguir muito mais simples e muito mais barato o processamento de tubo, quando os flanges são soldados para o tubo reto de antemão, porque o processo de soldagem é consideravelmente mais rápido nessa fase. Com a conexão interna com os programas de CAD, o software de dobra “t project” pode processar os isométricos imediatamente. Os flanges podem ser escolhidos a partir de uma base de dados e integradas nos isométricos, também em termos de tecnologia de flexão. “com a flexão direcional dos tubos flangeado nossa solução é capaz de melhorar a flexibilidade da fabricação. Os processos tornam-se claramente mais simples “, explica Stefanie Flaeper.
‘t project’ para uso móvel a bordo
A versão Tablet do software ‘ projeto ‘ t project ‘ oferece maior liberdade para aplicações práticas no local. Ele permite ao usuário adquirir dados com um sistema de medição muito leve e portátil. É assim possível coletar dados, por exemplo para tubos do conector, ambas as geometrias do processo, assim como os flanges e a posição dos flanges. As economias de tempo são particularmente significativas para este aspecto. O processo de medição a bordo requer apenas alguns minutos, mesmo para tubos mais complexos com flanges. Todos os dados são adquiridos digitalmente, documentados e os dados podem ser transferidos on-line e estar disponíveis para o escritório técnico, bem como a máquina de dobra. Uma vez que uma peça de tubo foi concluída, ele pode ser medido mais uma vez, a fim de garantir uma instalação suave. E aqui está um benefício adicional de tempo: enquanto os tubos são processados com os dados de medição que foi fornecido, outras medições podem ser tomadas a bordo.
Forma efetiva de extremidades do tubo
Um aspecto fundamental do processamento de tubos na indústria da construção naval é a formação de extremidades do tubo, como a formação de flanges alargadas nos tubos. Com a máquina de rolamento UMR ‘ t é possível moldar tubos com diâmetros até 325mm. quase independente de ferramenta, ele usa um cone de modelagem controlada, que pode ser programado livremente durante a tarefa. Outra opção de modelagem interessante é a expansão cilíndrica das extremidades do tubo, a fim de conectar dois tubos. A solução transfluid para este desafio é adequada para tubos com um tamanho nominal de até 250. A prática tradicional na construção naval de soldagem com duas emendas em cada luva da conexão para grandes tamanhos nominais é agora redundante.
Acesse: www.transfluid.net