sábado, junho 28, 2025
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Alacero abre inscrições para a 12ª edição do Concurso Alacero em Design

Projetos irão ampliar inovação no desenvolvimento de estruturas em aço por meio de novas tecnologias.

A Alacero (Associação Latino-Americana de Aço), entidade sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço na América Latina, convida estudantes do curso de Arquitetura de toda a região para participar da 12ª edição do Concurso Alacero em Design, que este ano traz como tema “Fábrica de Ideias e Inovação”.

O objetivo é que os participantes elaborem um projeto estruturado em aço de um espaço para servir como centro de desenvolvimento de ideias, capaz de atrair investimentos e promover projetos locais, fomentando a criação de polos de inovação, melhorando processos produtivos e envolvendo a comunidade. As iniciativas precisam envolver questões relacionadas à produção sustentável, inteligência artificial e robotização, biotecnologia, energias alternativas, transporte autônomo, biologia sintética e até astronomia.

Cada país participante – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e República Dominicana – vai escolher o melhor projeto em nível nacional. As equipes vencedoras de cada país vão viajar à Buenos Aires para participar da etapa final, que acontece durante o congresso Latin American Steel, Alacero-60, no mês de novembro de 2019.

O estudante que alcançar o primeiro lugar receberá como prêmio US$ 6 mil, enquanto o segundo lugar irá faturar US$ 3 mil. Este ano, o terceiro lugar receberá US$ 1 mil e, além dos prêmios, todos os ganhadores irão levar para casa um certificado universitário. Promovido pela Alacero, o concurso conta com apoio das seguintes entidades do setor: Argentina Steel Chamber (Argentina), Centro Brasileiro da Construção em Aço (Brasil), CAP Acero (Chile), FEDEMETAL – Andi (Colômbia), FEDIMENTAL (Equador), Canacero e Adoacero. Desde sua respectiva criação, o Concurso Alacero recebeu mais de 8 mil projetos de alunos residentes na América Latina.

Acesse: www.alacero.org

Inteligência Artificial na Indústria

A utulização de inteligência artificial e sua introduçao como ferramenta no aumento da produtividade
industrial

Em 2025, serviços envolvendo inteligência artificial devem movimentar US$ 36,8 bilhões, segundo estimativas da Intel. Dados apontam que em 2016, Google, Facebook e a Microsoft investiram cerca de US$ 20 bilhões na área. No Brasil, os números são mais modestos. Neste ano, o Sebrae, que produziu relatório sobre o tema, projeta gastos de US$ 182 milhões com IA.

Mesmo com investimentos mais tímidos, o Brasil é o segundo país do mundo que mais utiliza o Watson, motor de inteligência artificial da IBM. “As empresas brasileiras já entenderam que têm condições de utilizar a IA para melhorar seus negócios. Não são apenas as grandes, muitas startups utilizam o Watson”, destaca o líder de vendas da ferramenta no Brasil, Roberto Celestino. Cerca de 20 tipos de indústrias utilizam o Watson hoje. “No setor bancário, a BIA do Bradesco. Na educação, as universidades Anhembi Morumbi são outro exemplo. Instituições de ensino utilizam inteligência artificial para o relacionamento com o aluno ou para ajudar na jornada de estudos”.

Emoções

O Watson é o motor de inteligência artificial da IBM lançado em 2011. O computador enfrentou os dois maiores campeões de Jeopardy (programa de televisão de perguntas e respostas) e ganhou o desafio.

A ideia básica da introdução de inteligência artificial é ajudar o ser humano em tarefas corriqueiras. “O Watson, por exemplo, tem condições de tomar melhores decisões que os seres humanos para produtividade. Ele analisa rotina, tem parâmetro e não é suscetível a questões emocionais, pelo menos não agora. Isso facilita que as tomadas de decisão sejam melhores por inteligência artificial”, destaca o Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira.

A indústria é um dos setores que tem se destacado na utilização de inteligência artificial. Para Ferreira, a introdução da ferramenta tem condições de aumentar a produtividade.

A startup I.Systems, situada em Campinas (SP), atua com IA para o setor produtivo desde 2007. Eles utilizam um programa de computador para entender as rotinas das indústrias e melhorar a produtividade, como explica um dos fundadores, Igor Santiago. “O nosso sistema é configurado, sem interrupção da produção. A partir da configuração, o sistema continua aprendendo, e ele vai se adaptando para gerar ainda mais economia”.

Uma  das  principais  atuações  do  programa  é  em caldeiras de geração de energia das indústrias. Neste ramo, a startup estima que a inteligência artificial gere uma economia de 2% a 10%. A caldeira normalmente abastece de energia os equipamentos da fábrica. Como são muitas máquinas distribuídas em longas distâncias, o gerenciamento sobre a quantidade de energia necessária para cada momento da produção é complexo. “O nosso sistema fica observando quando são ligados e desligados os equipamentos. Com isso conseguimos aumentar a quantidade de energia gerada pela caldeira quando prevemos que uma máquina vai entrar em operação”.

Um aprendizado acontece com a IA analisando os dados de curto prazo, outro é feito na nuvem – local de armazenamento de conteúdo na internet –, quando a inteligência artificial reúne dados de meses ou anos para fazer esse aprendizado. “Depois de aprender com o próprio ciclo de produção são enviadas informações para a nuvem. Nós aplicamos algoritmos para realizar melhorias em grande quantidade de dados”, explica Santiago.

O professor de engenharia de software da Universidade de Brasília (UnB) Sergio de Freitas explica que a inteligência artificial trabalha bem neste tipo de competência porque chega ao mesmo resultado dos humanos de forma muito mais rápida. “Muitas vezes os computadores vão fornecer informações que só os especialistas poderiam alcançar. Através de diversas formas ela consegue verificar o que é correto, desvios do correto. É como um ser humano se comporta, mas com uma velocidade maior”.

Pensando nesta velocidade, a General Motors (GM) está implementando na fábrica da Chevrolet em São Caetano do Sul (SP) inteligência artificial para o controle de qualidade. O gerente de tecnologia da montadora, Carlos Sakuramoto, explica que a IA vai atuar na revisão da pintura dos automóveis. “Nós identificamos que a percepção da estampagem era diferente entre nossos inspetores. Eles passam por treinamentos para que todos tentem enxergar o mesmo tipo de defeito. As distorções são micrométricas”.

Como a montadora é global, existem inspetores no mundo todo responsáveis por analisar a estampa das latarias. Segundo Sakuramoto, não existe nenhum sistema que consiga avaliar a percepção visual humana. “O cliente, quando olha uma estampagem perfeita, algo atrai o olhar, mesmo que ele não saiba o que Por isso queremos padronizar essa avaliação”.

A inteligência artificial foi desenvolvida pela startup Autaza. A empresa de base de tecnologia foi criada depois que a GM buscou na universidade inteligência para criar uma solução tecnológica. “Os três sócios fundadores da Autaza eram pesquisadores deste projeto. Nós decidimos empreender e levar essa aplicação para outras áreas”, lembra Renan Padovani, um dos criadores da startup. A inteligência artificial trabalha com um banco de dados. “O sistema tem um treinamento de rede neural. Ele aprende os defeitos que deve encontrar, em um banco de dados de defeitos”. O sistema faz fotos da lataria dos veículos que são envidas para análise. O programa de computador consegue classificar os eventuais problemas.

A estimativa da Autaza é que exista uma redução de 60% no retrabalho. “Muitas vezes a inspeção de qualidade da montadora erra a severidade do defeito. Em 60% dos casos eles classificam como mais grave o problema. O retrabalho se torna mais trabalhoso. Com a classificação correta do erro, o retrabalho é menor”, explica Padovani.

Outro benefício é a varredura em toda a produção, como destaca o gerente de tecnologia da GM. “Faremos uma análise de 100% da produção numa velocidade muito maior. Anteriormente, a inspeção era feita por amostragem, retirando da produção, ou aproveitamos alguma parada. Agora o sistema é contínuo e em tempo, ele garante ganho de produção e qualidade”, aponta Sakuramoto. Atualmente o sistema está em fase de validação para ganhar escala mundial. Depois de comprovadas a eficiência e a segurança, a inteligência artificial para inspeção de lataria deve ser instalada em outras plantas até 2020.

As máquinas no poder?

Um dos principais desafios da inteligência artificial é a segurança da instalação da IA. A GM está fazendo os testes em sistema fechado, os computadores não estão ligados na rede. A estratégia de fracionar os conteúdos para garantir a segurança também é utilizada pela IBM, conforme explica Roberto Celestino. “Sempre que alguém cria uma conta na IBM Cloud aquela parte é daquela pessoa. Tudo que for criado da pessoa. Eu, como IBM, não tenho acesso aquela informação a não ser que você me permita”.

Além da segurança de dados, outro ponto em debate na inteligência artificial é a própria possibilidade de aprendizado da máquina. Filmes de ficção cientifica como “O Exterminador do Futuro” e “Matrix” pintaram futuros apocalípticos envolvendo IA. No sucesso cinematográfico do final dos anos 80, protagonizado por Arnold Schwarzenegger, a Skynet – inteligência artificial altamente avançada – evoluiu e viu a humanidade como uma ameaça à sua existência. A solução encontrada pela máquina foi a aniquilação do planeta Terra. Seria possível de acontecer algo assim?

Especialistas divergem sobre essa possibilidade. Celestino aponta que o Watson, por exemplo, só aprende algo para o qual foi programado para aprender. “A inteligência artificial não tem vontade própria. Ela deve fazer aquilo para o que ela foi treinada. No caso de Watson, se eu treinei para responder sobre determinado domínio de conhecimento, qualquer coisa diferente daquilo, ela não vai conseguir fazer”. O especialista ainda lembra que a IBM e as outras grandes desenvolvedoras têm um acordo ético. “O objetivo é que possamos desenvolver a tecnologia pensando na utilização de forma mais ética possível. Temos que trazer facilidade para o ser humano”.

O professor da UnB Sergio de Freitas lembra que essa preocupação já era debatida na robótica. O desenvolvimento de robôs deve respeitar três leis: a máquina não pode ferir um ser humano, um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos e, por último, ele deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira ou segunda premissas. “Eu não acredito neste mundo apocalíptico não. Se a gente considerar a aprendizagem de máquina e ela puder aprender a partir de boas intenções, eu acho que ela iria aprender boas intenções também. Assim como uma criança”.

O Presidente da ABDI, Guto Ferreira, já pensa diferente. “A inteligência artificial já aprende visualmente. Então, à medida que ela vai vendo atitudes agressivas, ela pode achar aquilo normal. O Japão, pensando nisto, faz os consumidores de robôs para tarefas domésticas assinarem um termo. A ideia é não ter atitudes agressivas perto deles”. Mas Ferreira também lembra que ela pode ter um papel fundamental num ambiente competitivo, onde se busca cada vez mais produtividade.

Acesse: www.abdi.com.br

TekBrasil Representante Exclusivo na América do Sul

Somos uma empresa de comércio exterior e representação comercial de empresas internacionais. Nos especializamos no segmento de medição e controle de diferentes grandezas.

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Temos clientes de diversos segmentos no Brasil e no Exterior e a nossa missão é proporcionar aos nossos clientes satisfação e segurança ao necessitarem de novos equipamentos, peças de reposição, prestação de serviço de assistência técnica, calibração, consultoria e treinamento.

Acesse: www.tekbrasil.com.br

Carreira na Área de Soldagem – Parte 2

Ricardo Ryuichi Takei Ryuichi.takei@gmail.com
Prof. Luiz Gimenes Jr. gimenes@infosolda.com.br

3.2 Maçariqueiro

O profissional recebe esse nome devido o equipamento (Maçarico) que utiliza para o trabalho, o profissional maçariqueiro utiliza o maçarico para executar cortes em chapas metálicas e máquinas de cortes quando há a necessidade de um corte de maior precisão. Assim como todos na área de soldagem, é responsável pela manutenção e funcionamento do seu equipamento, tendo que fazer a verificação das mangueiras e bicos de corte e dos manômetros. Detém o conhecimento das normas técnicas regentes das operações, instruções, procedimentos e conduta a serem tomadas enquanto estiver em trabalho. Exige destreza do maçariqueiro no momento da execução dos cortes, por exigir total coordenação do funcionário, a conduta a ser tomada se faz necessária devido a periculosidade do trabalho.

O profissional poderá atuar em diversos empreendimentos como gasodutos, estaleiros, plataformas de petróleo e gás, refinarias ou ambiente fabril. Sendo que poderá estar executando o trabalho tanto em locais abertos como fechado. Por operar um equipamento potencialmente perigoso ao profissional e a sua volta, faz-se necessário o uso de EPI’s e EPC’s.

3.3 Encarregado, Mestre ou Supervisor

O encarregado na área de soldagem tem como função ter controle sobre a produção da empresa, assim como quanto as reuniões entre os membros de sua equipe e contratações. Faz com que ele tenha interação tanto com a produção quanto com as áreas financeiras, contratações, operações de logísticas e qualidade. Necessariamente, o encarregado deve cumprir com as normas de qualidade, preservação do meio ambiente e segurança do trabalho.

Para esse cargo, é imprescindível que haja uma experiência passada com o segmento, isso por que é necessário um conhecimento avançado nos processos de soldagem, pelo fato de ter que apontar os erros e corrigi-los enquanto estão dentro da empresa.

É muito importante que o encarregado tenha as qualidades de um líder, como faz um papel que estará entre os operadores e os gestores, valoriza-se a boa comunicação, bom senso e personalidade.

3.4  Inspetor

O inspetor na área de soldagem é o profissional que estará validando todos os trabalhos dos soldadores, desde que, seja requerido pela norma. É um cargo de total autonomia, o que faz com que seja requisito ser um profissional com um grande conhecimento em falhas operacionais e problemas metalúrgicos. Existem diversos tipos de inspetores de soldagem, os quais serão abordados nesse artigo, essa variedade se dá devido às múltiplas técnicas existentes no mercado, sendo que cada técnica demanda um curso diferente, assim como equipamentos para realizar a inspeção.

O inspetor deve seguir todo o procedimento para sua inspeção e também estar com os documentos que rastreiam o processo, para facilitar sua avaliação. A partir das suas informações colhidas com os documentos e pela sua avaliação de ensaios, o inspetor aprovará ou não os cordões de solda.

Inspetores não trabalham sempre no mesmo local, normalmente são sempre solicitados em diferentes locais, os quais são locais como: estaleiros, plataformas de petróleo, indústrias metal mecânica, canteiros de obras e etc. Portanto todos os inspetores tendem a ter os equipamentos para suas inspeções e transportá-los.

3.5 Assistente na Área comercial

O assistente na área comercial, quando derivado da área de soldagem, tem em sua formação normalmente cursos superiores como Tecnólogo na área de soldagem ou Engenharia. Esses cursos embasam o profissional para atuar nesse ramo. Isso por que quando se esta na área comercial, o profissional entra em contato frequente com clientes e sempre contatará pessoas com dúvidas ou necessitadas de soluções técnicas que ele poderá solucionar. Ele dará suporte para todos os outros membros da área comercial que não tem o mesmo conhecimento que ele. Normalmente é notória a diferença entre membros com conhecimento técnico de sua produção, o que dão a eles um grande diferencial diante aos outros membros de sua equipe.

Quando nesse cargo, o profissional deverá realizar reuniões tanto com o cliente quanto com equipes dentro de sua empresa para agilizar e ver se é viável a aceitação de novos projetos. Tem proximidades com grande maioria de gestores da empresa, isso por fazer parte de uma equipe que traz lucro direto á empresa.

3.6  Especialista

O especialista na área de soldagem é o profissional que esta apto a planejar, executar, supervisionar e analisar tudo dentro do mundo da soldagem, não pode aprovar nada desde que ele seja também um inspetor, não se envolve diretamente com clientes, mas faz parte das reuniões de planejamento e desenvolvimento de processo. É um membro muito importante no desenvolvimento, pois é a partir dele que os funcionários envolvidos em um projeto de soldagem irão tirar suas dúvidas e ele também estará acompanhando os projetos de perto.

3.7 Técnico

Profissional com grande capacitação de planejamento, operação e supervisão de processos de soldagem na área metal mecânica, detém o conhecimento de normas técnicas de segurança, qualidade, meio ambiente e saúde.

O técnico estará em um ambiente no qual será exigido maior capacidade intelectual, emitirá documentos técnicos e estará em constante contato com desenhos técnicos com linguagem específica das simbologias de soldagem.

Detém o conhecimento dos fundamentos de soldagem, como os consumíveis, processos de soldagem, ensaios destrutivos e não destrutivos. Será responsável pelo esclarecimento e emissão das EPS.

3.8 Inspetor

No ramo da inspeção de solda se apresenta a carreira que podemos dizer ser uma das mais visadas na área, isso devido ao reconhecimento e pelo retorno que se recebe por trabalho realizado. Mesmo no âmbito das análises existem categorias e diferenças dependendo de onde ira atuar o profissional, podendo ser essas diferenças geradas através das normas que atuam naquele local.

4.1 Inspetor Internacional

O inspetor internacional é uma qualificação suportada pela IIW (International Institute of Welding) e pela EWF (European Federation for Welding, Joining and Cutting), qualificação que o permite avaliar a competência de tarefas e responsabilidades durante a coordenação de processos de soldagem (BS EN ISO 14731:2006).

BS EN ISSO 14731:2006 Coordenação de Soldagem – Especifica que o pessoal de coordenação de soldagem deve ser capaz de demonstrar conhecimentos gerais e específicos nos processos de soldagem e processos aliados á ela. Esse conhecimento deve se resultar de uma combinação da teoria, treino e experiência.

Quem possui o diploma da EWF/ IIW esta qualificado para coordenar atividade de soldagem como descrito na ISO 14731, cujo cumprimento é exigido pela BS EN ISO 3834 (qualidade requerida para solda de materiais metálicos).

Essa certificação da EWF/IIW consiste em quatro diferentes níveis: Especialista (IWS), Tecnológo (IWT) e o Engenheiro (IWE). No entanto os tópicos entre esses níveis são similares, mas vão se aprofundando a medida que se aproximam do nível de engenheiro.

Profissional (IWP)

Grupo com conhecimento teórico básico para executar todos os processos de soldagem.

Especialista (IWS)

Grupo com conhecimento técnico básico, onde o conhecimento técnico já é o suficiente para planejar, executar, supervisionar e ensaiar as tarefas e as responsabilidades com um campo técnico limitado, envolvendo apenas construções de solda simples.

Tecnólogo (IWT)

Grupo com conhecimento técnico especifico,onde o nível técnico é suficiente para planejar, executar, supervisionar e ensaiar as tarefas e responsabilidades na fabricação da solda dentro de um campo técnico seleto ou limitado.

Engenheiro (IWE)

Grupo com conhecimento técnico compreensivo, onde todo conhecimento técnico é requerido para planejar, executar, supervisionar e ensaiar todas as tarefas e responsabilidades na fabricação da soldagem.

Módulos

Cada nível consiste de quatro módulos:

  • Processos e equipamentos de soldagem
  • Materiais e comportamento durante a soldagem
  • Construção e design

  • Engenharia de fabricação e aplicação Para o nível de Especialista tem dois módulos adicionais:
  • Processos e equipamentos avançados de soldagem
  • Tecnologia de soldagem prática Embora consista o mesmo número de módulos para todos, o tempo de duração de cada um para cada nível é diferente, como é possível ver abaixo:

MT = Módulo Total (Parte 1 + Parte 3)
P1 = Parte 1

Requerimentos para o ingresso Nível Profissional

  • Obter um certificado de qualificação de soldador validada (ISO 9606 H-L045 ss nb) em um dos processos de soldagem listadas na 5.1 do ISO 9606 ou equivalente, e.g. EN 287-1 H-L045 ss nb , ou ASME IX 6G.Ou obter um certificado de qualificação como soldador de chapa para as seguintes condições: PE ss nb ou PC e PF ss nb, de acordo com a ISO 9606 em pelo menos um processo, e/ou outra certificação nacional equivalente IIW.
  • Requerido que o candidato tenha no mínimo 21 anos e 2 anos de experiência como soldador.

Nível Especialista

  • Diploma de ofício aprovado em disciplinas de engenharia, por exemplo City ou Guilds of London Institute
  • Nível 2/3 Nacional ou qualificação vocacional escocesa ou qualquer qualificação vocacional nacional reconhecida   com   disciplinas   de engenharia.

Nível Tecnólogo

  • Certificado nacional superior em uma disciplina de engenharia (HNC)
  • Engenheiro Professional com status de incorporado (IEng) pelo Conselho de engenharia do Reino Unido.
  • Nível 4 Nacional ou qualificação vocacional escocesa ou qualquer qualificação vocacional nacional reconhecida com disciplinas de engenharia.

Nível Engenharia

  • Licenciatura em uma disciplina de engenharia;
  • Engenheiro profissional com status privilegiado de engenheiro (CEng) concedido pelo Conselho de engenharia do Reino Unido.
  • Engenheiro profissional com status de engenharia (IEng), concedido pelo conselho de Engenharia do Reino Unido, incluindo ter Certificado superior nacional (HNC) ou Diploma superior Nacional (HND) em uma disciplina de engenharia.

Os candidatos que tiverem além da formação acadêmica e puder provar suas experiências a um nível apropriado, devem se qualificar para a rota alternativa. Podendo então isentar de alguns módulos.

Candidatos que não tem qualificação acadêmica para o ingresso, podem provar o conhecimento a um nível aceitável para fazer o TWI em engenharia de soldagem, que tem o mesmo conteúdo e exames do mesmo nível do IIW.

4.2 Inspetor Americano

Para a certificação para o inspetor no continente norte americano, a AWS (American Welding Society) se compromete a certificar os profissionais que desejam ingressar no ramo.

A certificação americana se divide em três níveis: Inspetor de soldagem Sênior Certificado (SCWI), Inspetor de Soldagem Certificado (CWI) e Inspetor de soldagem associado certificado (CAWI).

É realizado um exame para determinar o conhecimento geral da pessoa em inspeção de soldagem e áreas técnicas afins.

SCWI (Inspetor de soldagem Sênior Certificado)

O inspetor de soldagem sênior certificado preenche os seguintes requisitos:

  • Deve ser graduado do ensino médio, ou ter um diploma militar ou do estado do ensino médio
  • Deve ter no mínimo 15 anos de experiência em cargos da área de soldagem regida por normas nacionais ou internacionais, sendo que deve no mínimo ter envolvimento com 3 das áreas listadas na 5.5 da AWS B5.1
  • Deve ser qualificado como WI (welding inspector)

Como alternativa de redução do tempo de experiência nas áreas citadas, pode-se fazer o uso do caminho alternativo, reduzindo no máximo 4 anos dos 15 anos de experiência requeridos, de acordo com os dados abaixo:

– Bacharel ou ensino superior em soldagem: máximo de 4 anos se a formação for em engenharia de soldagem ou tecnologia de soldagem;
– Associado ou ensino superior: Máximo de 3 anos se é em engenharia tecnológica, engenharia ou ciência física.
Cursos técnicos: Máximo de 2 anos, apenas para conclusão bem sucedida;
– Cursos vocacionais: Máximo de 1 ano, apenas para conclusão bem sucedida.

CWI (Inspetor de Soldagem Certificado)

O inspetor de soldagem certificado preenche os seguintes requisitos:

  • Deve ser graduado do ensino médio, ou ter um diploma militar ou do estado do ensino médio
  • Deve ter no mínimo 5 anos de experiência em cargos da área de soldagem regida por normas nacionais ou internacionais, sendo que deve no mínimo ter envolvimento com 3 das áreas listadas na 5.5 da AWS B5.1
  • Oitava série do fundamental completo, com no mínimo 9 anos de experiência em itens definidos na 5.5
  • Oitava série   incompleta   ou menos, com no mínimo 12 anos de experiência em itens definidos na 5.5 Como  alternativa  de  redução do tempo de experiência nas áreas citadas, pode-se fazer o uso do caminho alternativo, reduzindo no máximo 4 anos dos 5 anos de experiência requeridos, de acordo com os dados abaixo:

– Bacharel ou ensino superior em soldagem: máximo de 4 anos se a formação for em engenharia de soldagem ou tecnologia de soldagem;

– Associado ou ensino superior: Máximo de 3 anos se é em engenharia tecnológica, engenharia ou ciência física.

– Cursos técnicos: Máximo de 2 anos, apenas para conclusão bem sucedida ØCursos vocacionais: Máximo de 1 ano, apenas para conclusão bem sucedida.

CAWI (Inspetor de soldagem associado certificado)

O inspetor de soldagem associado certificado preenche os seguintes requisitos:

  • Deve ser graduado do ensino médio, ou ter um diploma militar ou do estado do ensino médio
  • Deve ter no mínimo 2 anos de experiência em cargos da área de soldagem regida por normas nacionais ou internacionais, sendo que deve no mínimo ter envolvimento com 3 das áreas listadas na 5.5 da AWS B5.1
  • Oitava série do fundamental completo, com no mínimo de 4 anos de experiência em itens definidos na 5.5
  • Oitava série incompleta ou menos, com no mínimo 6 anos de experiência em itens definidos na 5.5
  • Oitava série do fundamental completo, com no mínimo de 1 ano de educação vocacional e treinamento em soldagem, e uma experiência de no mínimo 3 anos em funções de soldagem, como definido no 5.5.
  • Dois anos no ensino superior em engenharia tecnológica, engenharia ou ciência física, e uma experiência de no mínimo 6 meses em funções de soldagem, como definido no 5.5.

De acordo com o item 6 da norma AWS B5.1, os candidatos deverão passar pelos testes que verificarão a acuidade visual do candidato, O candidato a inspetor de soldagem deve ter acuidade visual, natural ou corrigida, avaliada pela capacidade de ler as letras J-2 do padrão JAEGER para visão próxima, a 30 cm de distância, ou pelo emprego de método equivalente. O candidato a inspetor de soldagem deve apresentar um laudo médico que informe sobre sua capacidade de efetuar distinção cromática, avaliado pelo padrão ISHIHARA ou pelo emprego de método equivalente. Este requisito não é eliminatório. Os exames não podem terem sidos realizados mais que 7 meses, antes da data de certificação ou revalidação. Os resultados dos olhos devem ser recebidos até 30 dias depois da data do exame de certificação do candidato, caso não, seus registros, classificação e formulários de candidatura anulados e corre o risco de perder o valor de sua inscrição.

Deverá passar pelo teste teórico no qual abrange o conhecimento dos códigos, normas e especificações.

Por um teste fundamental no qual abrange o conhecimento de processos de soldagem, avaliações de ensaio não destrutivos, segurança, garantia da qualidade, deveres do inspetor, descontinuidades, símbolos de soldagem, design de juntas, propriedades mecânicas dos metais e matemática básica do dia a dia na soldagem. Basicamente esses tópicos, embora não se limitem a apenas isso.

Teste prático de inspeção de soldagem, incluindo, mas não se limitando aos procedimentos de qualificação de soldagem, qualificação do soldador, testes mecânicos, desenhos e especificação de conformidade, análise de solda e processos de ensaios não destrutivos.

Item 5.5 – Experiências de qualificação (AWS 5.5 B5.1)

  • Experiência em desenvolvimento de procedimento, requerimentos de inspeção, critérios de aceitação, e especificação para soldagem;
  • Experiência em planejar, controlar e aplicação do material de base e do material de adição na preparação e conclusão da soldagem;
  • Experiência como soldador ou operador de solda na fabricação, manufatura ou construção.
  • Experiência na detecção ou medição de descontinuidades por aplicação visual ou outro ensaio não destrutivo.
  • Experiência em planejar, controlar e aplicação em reparação de solda;
  • Experiência em preparar processos escritos para soldagem, avaliações de ensaios não destrutivos e destrutivos para a soldagem;
  • Experiência na qualificação de soldadores ou procedimentos de soldagem com códigos variados, normas e especificações;
  • Experiência na aplicação de códigos de soldagem, normas e especificações.
  • Experiência em técnicas operacionais e atividades para garantia de qualidade na soldagem.
  • Experiência em ensinar alguma habilidade ocupacional na área de soldagem ou títulos relacionados com a soldagem, tipo controle, aplicação, materiais e processos.

Requisitos de exame para SCWI

Os candidatos devem acertar no mínimo 72% da prova, como a prova tem  200  perguntas,  podem  errar no máximo 56 perguntas. A prova é dividida em duas partes, a parte A e B.

Parte A – Fundamentos Técnicos

  • Controle de temperatura e metalurgia;
  • Fundamentos, técnicas e aplicação de ensaios não destrutivos;
  • Soldagem e processos atrelados;
  • Fundamentos, técnicas e aplicação de ensaios destrutivos.

Parte B – Fundamentos Administrativos

  • Procedimento de qualificação de soldagem e código de conformidade;
  • Qualificação pessoal de soldagem e certificação;
  • Inspeção de soldagem e pessoal de ensaio não destrutivos (qualificação e certificação);
  • Garantia de qualidade e gerenciamento de qualidade;
  • Gerenciamento de projeto;
  • Gerenciamento pessoal e programas de treinamento.

“Os exames de repetição caso haja reprovação, devem ser considerados como qualquer exame efetuado no prazo de 1 ano a contar pela data do segundo exame. Os candidatos podem fazer até 2 exames de repetição no prazo de 1 ano após o primeiro exame.”

1.QC1-Standard for AWS certification of welding inspector, 2007, P 3

Requisitos de exame para CWI

Os candidatos devem acertar no mínimo 72% de cada prova, sendo divididos em 3 partes e os endossos. Parte A, Parte B, Parte C, Endossos de códigos e outros endossos. Sendo um total de 242 perguntas.

Parte A – Fundamentos Técnicos

  • Definições e terminologia
  • Processos de soldagem
  • Simbologia – Soldagem e ensaios não destrutivos
  • Análises de solda
  • Desempenho de solda
  • Métodos de ensaios – não destrutivos
  • Controle de temperatura e metalurgia
  • Cálculos inerentes a soldagem
  • Deveres e responsabilidades
  • Ensaios destrutivos
  • Corte

Parte B – Prática

  • Inspeção de soldagem e falhas
  • Procedimento e qualificação do soldador
  • Ensaios mecânicos e propriedades
  • Ensaios não destrutivos
  • Utilização de especificação e desenhos

Parte C – Códigos

  • Qualificação
  • Fabricação
  • Inspeção
  • Relatórios e registros
  • Material e projeto

“Os exames de repetição caso haja reprovação deve se considerados o mesmo exame. Os candidatos podem realizar 1 exame de repetição a cada 1 ano a partir da data do primeiro exame. Qualquer exame de repetição adicional requer a evidencia documental de 40 horas de formação adicional recebida em inspeção de soldagem que preencha os requisitos de 16.5.1. O número máximo de exames que um candidato pode fazer em um período de 3 anos é de 3.”

2.QC1-Standard for AWS certification of welding inspector, 2007, P 4

Requisitos de exame para CAWI

Os candidatos devem acertar no mínimo 60% de cada prova, sendo divididos em 3 partes e os endossos. Parte A, Parte B, Parte C. Com um total de 242 perguntas.

O conteúdo das provas são similares com o conteúdo para CWI.

4.3 Inspetor Nacional (Brasil)

Ao final da leitura deste módulo os participantes devem estar familiarizados com as competências do Inspetor de Soldagem, conforme abaixo:

  • Como se tornar um Inspetor de Soldagem
  • Atribuições do Inspetor de Soldagem

No Brasil, a   existência   da qualificação   de     Inspetores     de Soldagem nos  setores petróleo   e nuclear,  introduzida  no  início  dos anos 80 como parte dos sistemas de qualidade  destes  setores,  mostrou excelentes resultados na contribuição à melhoria da qualidade das construções soldadas. Nos últimos anos, a crescente demanda de pessoal qualificado em soldagem, nestes setores e nos demais, levaram estes a proporem à Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem – FBTS a criação de uma Comissão para estudar a implantação de um Sistema de Qualificação e Certificação de Pessoal em Soldagem, a nível nacional, e definir os critérios básicos necessários para a qualificação e certificação, de forma a atender às necessidades dos vários setores industriais.

4.3.1 Como se tornar um inspetor de soldagem N1

Escolaridade e Experiência Profissional

O candidato a inspetor de soldagem deve comprovar, mediante documentos, o atendimento aos requisitos mínimos de escolaridade e experiência profissional definidos na figura 1, devendo ser respeitadas as exigências curriculares das legislações estaduais pertinentes. A experiência profissional deve ser comprovada em atividades relativas à soldagem, em pelo menos uma das seguintes áreas: projeto, controle da qualidade, fabricação, construção ou montagem de equipamentos e manutenção.

LEGENDA:
A – ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO (1º GRAU)
B – ENSINO MÉDIO COMPLETO (2º GRAU)
C
– CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA, METALURGIA OU NAVAL
D
– CURSO TÉCNICO DE SOLDAGEM
E – CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA NA ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS OU CURSO DE TECNOLOGIA DA SOLDAGEM
F – CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SOLDAGEM
N1 INSPETOR DE SOLDAGEM NÍVEL 1
N2
INSPETOR DE SOLDAGEM NÍVEL 2

Conhecimentos exigidos

O candidato a exame de qualificação visando a certificação deve comprovar, formalmente, através de certificado com data de emissão inferior ou igual a seis anos, ter obtido aproveitamento satisfatório em curso de treinamento com carga horária mínima de 162 h. Além disso, o candidato deve conhecer e aceitar formalmente as regras do termo de conduta e ética.

Acuidade visual

O candidato a inspetor de soldagem deve ter acuidade visual, natural ou corrigida, avaliada pela capacidade de ler as letras J-1 do padrão JAEGER para visão próxima, a 40 cm de distância, ou pelo emprego de método equivalente.

O candidato a inspetor de soldagem deve ter acuidade visual para visão longínqua, natural ou corrigida, igual ou superior a 20/40 da escala SNELLEN.

O candidato a inspetor de soldagem deve apresentar um laudo médico que informe sobre sua capacidade de efetuar distinção cromática, avaliado pelo padrão ISHIHARA ou pelo emprego de método equivalente. Este requisito não é eliminatório.

A acuidade visual do inspetor de soldagem deve ser avaliada anualmente, e esta avaliação deve ser enviada ao OCP (Organismo de Certificação Pessoal) em no máximo 30 dias após a data do exame.

Documentos

Para participar do processo de qualificação de Inspetor de Soldagem N1, o candidato deverá preencher os seguintes documentos a serem encaminhados ao OCP (Organismo de Certificação Pessoal):

Termo de Responsabilidade; RG, CPF, Comprovante de Residência;

Preenchimento de Formulário de Solicitação de Exame de Qualificação;

Termo de Compromisso.

Cequal

O CEQUAL (Centros de Exames de Qualificação) é o centro reconhecido para a aplicação dos exames de Qualificação e de Recertificação. Abaixo estão listados os locais onde você pode realizar os exames:

  • CEQUAL/SENAI-CTS DE SOLDA (Rio de Janeiro);
  • CEQUAL/FBTS (Rio de Janeiro);
  • CEQUAL/SEQUI-PB (São José dos Campos);
  • CEQUAL/SENAI-ACR (Contagem);
  • CEQUAL/SENAI-CIMATEC (Salvador);
  • CEQUAL/SENAI-PE (Pernambuco);
  • CEQUAL/SENAI-RS (Canoas).

Exame de Qualificação

Os candidatos a inspetor de soldagem níveis 1 devem ser submetidos a uma prova escrita de conhecimentos teóricos com base no programa de conhecimentos técnicos recomendáveis, que compreendem os assuntos listados conforme abaixo:

  • Terminologia;
  • Simbologia;
  • Consumíveis;
  • Processos de Soldagem e Corte;
  • Metalurgia;
  • Controle de Deformações;
  • Metais de Base;
  • Ensaios Mecânicos;
  • Ensaios-Não-Destrutivos;
  • Metrologia;
  • Qualificação de Procedimentos;
  • Documentos Técnicos;
  • Higiênie e Segurança do Trabalho.

Além da Prova Teórica os candidatos a Inspetor de Soldagem N1 devem se submeter às seguintes provas de conhecimentos práticos:

a) consumíveis 1;
b) 
documentos técnicos 1;
c) visual/dimensional;
d) acompanhamento de soldagem;
e) tratamento térmico;
f) dureza.

O candidato é considerado qualificado se obtiver nota igual ou superior a 7 (sete) em 10 (dez), em cada uma das provas de conhecimentos teóricos e práticos.

Reexame

O candidato reprovado em qualquer dos exames de qualificação pode requerer por duas vezes outro exame, sem a necessidade de refazer as partes em que obteve grau satisfatório, desde que o faça em um prazo máximo de 12 meses. O candidato reprovado em uma terceira tentativa pode requerer um novo exame, devendo fazê-lo em sua totalidade.

Certificação

Conforme a Norma NBR14842, o OCP (Organismo de Certificação Pessoal) deve emitir um certificado que indique o nível para o qual o profissional está certificado. O OCP deve ainda tornar público e informar, quando solicitado, a situação da certificação dos profissionais.

Validade da Certificação

A certificação de profissionais em Inspeção de Soldagem N1 tem prazo de validade de 60 meses a contar da data da emissão do certificado.

CONTINUA…

A SSAB apresenta o novo Strenx® 1100 Plus, um Aço Estrutural para equipamentos de Içamento e Estruturas Avançadas

Os proprietários de frotas e equipamentos estão sempre encarando a pressão de fazer mais com menos. Para isso, a SSAB lança uma inovação à linha de aços de alto desempenho de 1100 MPa na linha Strenx®. O Strenx® 1100 Plus é um novo aço de alta resistência, laminado a quente, que obtém propriedades exclusivas nas soldas e oferece desempenho inigualável para soldagem e dobra. Graças à otimização da resistência mecânica em suas juntas soldadas, ele contribui para equipamentos mais leves, mais fortes e mais ecológicos,
com melhor desempenho nas indústrias de transporte e içamento.

Fragilidades na solda praticamente eliminadas

Como o “Plus” sugere em seu nome, o Strenx® 1100 Plus oferece aos clientes algo a mais. Normalmente, as juntas soldadas podem representar pontos fracos na união dos aços estruturais de graus mais altos. Mas com o Strenx® 1100 Plus, tais fragilidades na solda são praticamente eliminadas porque as propriedades de resistência
mecânica, alongamento e resistência ao impacto da junta soldada atendem às garantias mínimas do material de base. A combinação ideal de resistência e tenacidade da junta soldada e da zona termicamente afetada oferece um grande benefício ao processo de engenharia do produto: o projeto pode ser baseado na mesma resistência estática mínima em toda a aplicação, de acordo com as normas de projeto.

É possível chegar mais alto e mais longe com o aço de alto desempenho Strenx

O Strenx 1100® Plus é ideal para equipamentos de içamento, tais como guindastes, além de soluções em
equipamentos de transporte mais leves e estruturas avançadas que exigem alta resistência também nas soldas.
Na verdade, a junta soldada possui resistência maior que a do material de base Strenx® 1100. Isso resulta em
guindastes com maior alcance, carretas que transportam mais carga útil e caminhões que usam menos  combustível e emitem menos CO2.

O produto será oferecido em espessuras de 4,0 a 8,0mm, com largura de até 1.600 mm e comprimentos de até
13.000 mm.

Mais vantagens na fabricação

• Um aço excepcionalmente limpo e um processo de produção controlado com precisão se traduzem, consistentemente, em alta qualidade e resultados previsíveis;

• Garantia de planicidade, espessura e conformação;

• Garantia rigorosas quanto às tolerâncias;

• A soldagem pode ser feita à temperatura ambiente (com base em testes CTS, conforme a ISO 17642-
2:2005);

• Ótima combinação de resistência e tenacidade na junta soldada e zona termicamente afetada.

Veja o Strenx® 1100 Plus na Bauma Munique 2019

O Strenx 1100® Plus fará a sua estreia oficial em abril de 2019 na Bauma Munique, evento mundial mais renomado para as indústrias de construção e mineração.

“É com prazer que apresentamos o Strenx 1100 Plus em Bauma”, afirma Magnus Carlsson, gerente dos produtos Strenx® na SSAB.

“Acreditamos que este produto simplesmente não pode ser superado no mercado atual, em quaisquer
aplicações de alto desempenho que possam se beneficiar de soldas com uma resistência similar ao metal
de base. Estamos ansiosos para continuar a atender mercados em franco desenvolvimento com projetos
e tecnologias avançadas e a aplicar as inovações da SSAB em tecnologias de aço aos desafios enfrentados pelos setores de içamento e transporte.”


FABRICANTE EXPÕE SOLUÇÕES FEITAS COM AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA DA SSAB NA M&T

A FEX mostrou aos visitantes na M&T Expo soluções
sob medida fabricadas com os aços Hardox e Strenx da
siderúrgica sueca SSAB, líder em produção de aços de
alta resistência.

A FEX, empresa parceira da SSAB como Hardox
Wearparts, expôs na M&T Expo 2018, que aconteceu
em São Paulo no final de novembro, uma caixa de
argamassa, feita em Strenx da SSAB, destinada à área da
construção civil. De acordo com Carlos Henrique Ayub
Santos, consultor técnico da FEX, um grande problema
desse setor é que aços como o 1020 não suportam o
trabalho severo. “Para retirar o material que resseca nas paredes da caixa, são utilizadas marretas e bate-se
muito no produto, e o aço comum não aguenta”, explica.

“Nossa solução foi apresentar aos clientes a confecção da caixa em aço Hardox ou Strenx, analisando caso a
caso, para que possamos personalizar o atendimento ao usuário final”, avalia. O produto já está no mercado e é
um dos vitoriosos em vendas em parceria com a SSAB.

Além da caixa argamassa, a FEX também mostrou aos visitantes miniaturas em escala do trabalho que desenvolve: uma linha vasta de peças produzidas com os aços de alta resistência da SSAB para a indústria pesada (mineração e construção), assim também como a de transporte florestal e colheita. “Interessante destacar que estes produtos, conseguimos produzi-lo em sua integralidade. Porém, se há uma necessidade das peças em separado porque o equipamento tem um desgaste pontual, como por exemplo, lábio ou borda de desgaste, fabricamos as peças avulsas e fazemos a montagem e entrega como se fosse um lego”, pondera o consultor da fabricante.

Dentre os produtos expostos, uma linha voltada às lâminas de desgaste; revestimento de implemento de
transporte, que são as caçambas de transporte de minérios; fundo de misturador de concreto com facetas
descartáveis e remontáveis, que também são feitas em aço Hardox; e também, conchas, Disco VSI, peneiras,
canecas de condução e chapas de óculos. “A grande vantagem do nosso trabalho é ir até o cliente e questionar
qual é a sua utilização, a sua prática, para que possamos desenvolver um produto personalizado, customizando
o atendimento de acordo com a necessidade do cliente”, completa o consultor.


GUINDASTE TEM REDUÇÃO DE PESO E AUMENTO DE CAPACIDADE DE CARGA COM USO DO AÇO
STRENX

Após upgrade, equipamento do Grupo Masal foi fabricado em aço estrutural de alta resistência e apresentou melhor desempenho, redução de peso e de custos; A empresa faz parte do programa My Inner Strenx, programa de certificação de qualidade da siderúrgica sueca SSAB, como único membro no segmento de guindastes no Brasil apresentar um preço menor ao usuário final, pois o custo também foi reduzido, e estamos entregando um equipamento que faz mais do que o antigo”, ressalta o diretor da Masal.

Vitola ainda afirma que o produto ficou muito superior do que os oferecidos pelos concorrentes nessa faixa de
capacidade. “O peso das lanças também foi reduzido, mas sem perder suas características. Além disso, o gráfico de carga ficou muito melhor nas distâncias intermediárias, superando muito o equipamento anterior”, comenta.

Outra característica evidente que o diretor aponta na troca de tecnologia do equipamento é o design: “O
produto ganhou uma imagem mais moderna, com um desenho mais fluído”. Ele explica que o suporte
das lanças ganhou um desenho diferente para melhor aproveitamento do guindaste. “Fizemos um suporte em
formato de onda que faz com que os cilindros sejam acomodados em torno da lança, o que não provoca a
sobreposição dos mesmos. Assim, a largura total do equipamento explora ao máximo a largura do caminhão,
de forma fluída e usamos todo o espaço disponível no caminhão de forma útil”.

O aço Strenx é projetado para os setores em que a alta resistência estrutural e a redução de peso são fatores
competitivos importantes, especialmente na indústria de elevação de carga, movimentação, transporte
e agricultura. “O Grupo Masal conseguiu fazer um.

O Grupo Masal, com 65 anos de tradição na fabricação de máquinas de alta performance, em conjunto com a
SSAB, multinacional sueca líder mundial na fabricação de aços de alta resistência, fez um trabalho de readequação de materiais e produziu o guindaste MC60609 em Strenx 700MC, aço estrutural de alta resistência da SSAB que permite o desenvolvimento de equipamentos de alto desempenho. A mudança gerou um projeto equalizado com grandes resultados: houve redução de 1 tonelada no peso do equipamento.

Thiago Santos Vitola, diretor comercial do Grupo Masal, conta que, para o desenvolvimento da nova solução,
houve uma evolução do material. ”Em um projeto otimizado e equilibrado, tivemos uma significativa redução de peso e aumento de capacidade de carga sem perder a identidade dos produtos da Masal: conseguimos manter as mesmas características no equipamento – o nível de segurança e a robustez – e também, tiramos mais proveito da máquina”, explica Thiago.

A redução do peso impulsionou uma série de economias nas despesas de insumos. ”Esses mil quilos de redução de peso equivalem a um sexto do peso do equipamento anterior. Isso reflete em redução do consumo de combustível e desgaste de pneus. O resultado é um considerável aumento da capacidade de carga do
caminhão para transporte. Além disso, conseguimos upgrade para um aço mais resistente, que permite um
produto mais leve, ocasionando grandes ganhos e melhores resultados para o desempenho do produto
final”, diz Lisandro Peliciolli, Gerente Geral de Vendas da SSAB América do Sul Atlântico. Para Vitola, o trabalho só foi possível com a troca de experiências com a SSAB. “O envolvimento com os especialistas e suporte técnico da SSAB nos permitiu desenvolver um produto avançado, com melhor desempenho, design inovador, mais leve e ainda assim muito robusto”, comemora.

A fabricante foi convidada a fazer parte do My Inner Strenx da SSAB, programa de qualidade para empresas
que demonstram expertise e inovação ao projetar e fabricar estruturas de aço avançadas que aproveitam ao
máximo as propriedades do aço Strenx. O Grupo Masal é o único membro no segmento de guindastes no Brasil
vinculado ao programa. “Este certificado de qualidade prova que continuamos inquietos e dispostos a inovar
e melhorar sempre. Os critérios de qualidade da SSAB são altíssimos e fazer parte do programa atesta que
os equipamentos que fabricamos estão nos mais altos padrões do mundo”, diz o diretor comercial do Grupo.
A partir de agora, os guindastes Masal exibem o selo do programa, o que significa que o produto foi otimizado
para ser forte e leve, feito com aço de alto desempenho e que seguem as recomendações de qualidade da SSAB.

TekBrasil Representante Exclusivo na América do Sul

Somos uma empresa de comércio exterior e representação comercial de empresas internacionais. Nos especializamos no segmento de medição e controle de diferentes grandezas.

A Datapaq agora constituída como Fluke Process Instruments é o maior fabricante mundial de termógrafos para monitoramento de temperatura “in process” do produto, por contato, e do forno ao mesmo tempo.

A Specmetrix oferece uma tecnologia capaz de auxiliar na redução de custos de aplicação dos revestimentos, ou seja, reduzir o custo homem-hora para execução do controle de qualidade da produção, garantir a qualidade do revestimento aplicado através do controle apurado do peso do filme.

Temos clientes de diversos segmentos no Brasil e no Exterior e a nossa missão é proporcionar aos nossos clientes satisfação e segurança ao necessitarem de novos equipamentos, peças de reposição, prestação de serviço de assistência técnica, calibração, consultoria e treinamento.

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Confiança Justificada

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Apesar do ambiente econômico ainda nebuloso, os fabricantes de veículos automotores têm motivos para acreditar que os bons resultados colhidos no ano passado se repitam em 2019
Por Ricardo Torrico

Considerando que 2018 foi um ano ainda de crise, com um índice de desemprego de dois dígitos e no pífio crescimento do PIB, confirmado pelo IBGE em 1,1%, o crescimento de 14,6% nas vendas de veículo novos, nacionais e importados, e de 6,7% na produção de veículos merece ser comemorado. Esses foram os principais resultados anuais consolidados pelo levantamento feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Dos números divulgados pela entidade, depreende-se que, mesmo com um índice de desemprego em torno de 12%, que tende a reduzir a demanda de bens duráveis, o mercado interno de automóveis manteve-se vigoroso e, ao que tudo indica, deve continuar assim em 2019.

A produção nacional de veículos só não foi melhor devido à queda de 17,9% nas exportações, fortemente prejudicadas pela redução das exportações à Argentina, principal cliente externo do setor automotivo. “O mercado argentino é responsável por 72% das vendas externas de automóveis e, com o país vizinho em grandes dificuldades, esse percentual caiu para 55% em 2018”, explica o presidente da Anfavea, Antonio Megale.

Metas Otimistas

Apesar dos resultados terem sido satisfatórios, eles não atingiram as projeções estabelecidas pela Anfavea já no segundo semestre de 2018, que confiava num crescimento de 11,1% sobre a produção alcançada em 2017. Vale observar, porém, que as projeções de desempenho setorial são, por definição, otimistas, sendo dificilmente alcançadas e raramente superadas.

Para 2019, a Anfavea trabalha com projeções quase tão otimistas quanto as de 2018, confiando num crescimento de 9% na produção total de veículos leves e pesados, passando dos 2,88 milhões a 3,14 milhões de unidades, ancorado na estimativa de um crescimento de 11,4% no volume de licenciamentos de veículos nacionais e importados, que indica o desempenho do mercado. Por outro lado, a entidade não aposta suas fichas na recuperação das exportações, estimando que devem cair 6,2%, ainda por conta da crise argentina. Esta projeção negativa já se fez sentir em janeiro deste ano, com uma queda de 46% nas exportações de veículos, em comparação com janeiro de 2018. Com tantas indefinições tanto no ambiente interno quanto no externo, as projeções da Anfavea ainda poderão sofrer grandes alterações − seja para melhor ou para pior − até a metade do ano, quando a entidade costuma revisá-las. Em um ou outro sentido, essas possíveis alterações devem alterar o grau de ociosidade da indústria automotiva nacional que, segundo a Anfavea, dentro do atual contexto, deve ficar em torno de 56% da capacidade instalada de 5,5 milhões de unidades por ano.

Projeções confirmadas Os resultados sobre o primeiro bimestre de 2019 confirmam as previsões otimistas da Anfavea para 2019, com um crescimento de 17,8% no licenciamento   total    de     veículos −  nacionais  e   importados   nesse bimestre sobre o mesmo período de 2017. Refletindo essa evolução do mercado, a produção doméstica de veículo automotores cresceu 5,3% nesse período. Mas, como já estava previsto, a exportações globais do setor, registraram uma queda abrupta de 36,0%, em valor, em relação ao primeiro bimestre de 2017, refletindo ainda a forte retração das exportações à Argentina.

Confirmadas as tendências divulgadas no final de 2018, a Anfavea manteve suas projeções para 2019, que deverão ser revistas no meio do ano.

Alguma Luz no Fim do Túnel

A confiança trazida pela eleição do novo governo ainda está longe de atingir os setores com prazos longos de maturação, como a construção civil
Por Ricardo Torrico

Enquanto as montadoras de veículos e os fabricantes de máquinas e equipamentos têm motivos para elaborar projeções otimistas, as empresas dedicadas à construção civil ainda não encontram sinais consistentes de recuperação do setor. Diretamente dependente do nível de emprego e da disponibilidade de crédito, as construtoras,  incorporadoras  e,  inclusive,  os  próprios cidadãos  preferem  esperar  por  um  horizonte  menos conturbado para assumir compromissos de longo prazo como os inerentes à aquisição ou construção de moradias, escritórios ou galpões.

O resultados é que, em 2018, o PIB da construção civil se retraiu pelo quinto ano consecutivo, mas com a expectativa de que, em 2019, esses números negativos fiquem para trás, como têm declarado os lideres empresarias do setor. Pelo menos, os Indicadores da Imobiliários Nacionais elaborados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram números nesse sentido, revelando que, em 2018, os lançamentos somaram 98.562 unidades, uma variação de 3,1% em relação às 95.566 unidades lançadas em 2017, e as vendas totalizaram 120.142 unidades, uma variação de 19,2% em relação às 100.787 unidades vendidas em 2017. O ano de 2018 também teve 21.580 unidades vendidas a mais do que lançadas, um volume substancialmente maior do que as 5.221 unidades vendidas a mais do que as lançadas em 2017, o que implica uma significativa redução do estoque. Na avaliação do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Odair Senra, depois de acumular uma queda de 28% no período de 2014 a 2018, o PIB do setor da construção deverá crescer pela primeira vez em 2019, em torno de 2% em relação ao PIB de 2017, tomando como base uma projeção de crescimento para o PIB nacional de 2,5% neste ano. E se esse resultado se confirmar, deverá ser alavancado pelas obras e pequenas reformas realizadas por pequenos empreiteiros ou famílias − a chamada ‘autoconstrução’ −, que em seu conjunto poderão crescer 3,5% neste ano.

Exportações Alavancam Retomada

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Depois de cinco anos em franca recessão, a indústria nacional de máquinas e equipamentos encerrou o ano em um clima de alívio, mas ainda longe da euforia

Por Ricardo Torrico

Tendo encolhido até quase a metade no período de 2013 a 2017, a receita líquida total da indústria brasileira de máquinas e equipamentos − um dos principais setores usuários de aço − registrou em 2018 um crescimento de 7% em relação à receita de 2017. De acordo com o levantamento feito pelo Departamento de Competitividade, Economia e Estatística (DCEE) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o crescimento das vendas em 2018 se concentrou no mercado externo, enquanto o mercado doméstico registrou uma relativa estabilidade, com um tímido aumento de 0,3%. Para o ano de 2019, a expectativa da Abimaq é que a receita total do setor continue crescendo, mas em taxas levemente inferiores às observadas em 2018, impulsionado principalmente pelo mercado doméstico.

Vale observar que, apesar do resultado anual positivo, no mês de dezembro de 2018, a receita do setor encolheu 0,8% sobre dezembro de 2017. Não se descarta, porém, a possibilidade de que isso tenha sido apenas um sobressalto inesperado, provocado pelas incertezas inerentes ao processo eleitoral.

Exportações − Em 2018, o setor fabricante de máquinas e equipamentos registrou fortes oscilações nas suas exportações, mas manteve o volume de vendas bem acima dos níveis observados em 2017, encerrando o ano com um crescimento de 7,1%. Visando fazer frente ao encolhimento do mercado doméstico, já em 2017, o setor tinha ampliado suas exportações em quase 17%, passando a representar 44% do total das suas receitas. Em 2018, a participação das exportações na receita total ganhou ainda mais importância, atingindo 47%. Esse desempenho ocorreu apesar da redução drástica das importações de máquinas e equipamentos por parte da Argentina − um dos principais mercados externos do setor −, que acabou provocando quedas de 8,6% e 18,2% nas exportações, respectivamente, à América Latina e Mercosul.

O bom desempenho global das vendas externas foi observado em quase todos os segmentos da indústria de máquinas e equipamentos, com destaque para o forte aumento das vendas realizadas no setor de óleo e gás (+43%), nos setores fabricantes de bens de capital (+12%) e na construção civil (+7,8%) . Quase metade das vendas de máquinas e equipamentos brasileiros (46,0%) tiveram como destino os Estados Unidos e a Europa, 37,2% foram exportados à América Latina e 16,8% aos demais destinos.

Consumo em alta − Os investimentos produtivos, medidos pelo consumo aparente de máquinas e equipamentos (produção – exportação + importação) registrou um crescimento de 13,4% em 2018, após quedas consecutivas nos últimos quatro anos. Num cenário de fraca recuperação da atividade econômica, esse resultado indica a probabilidade de um aumento mais intenso da demanda de produtos manufaturados em 2019.

Paralelamente, o nível de utilização da capacidade instalada do setor também registrou uma tendência de recuperação, mas ainda se encontra em um patamar bastante baixo (75%), o que significa que, a exemplo do que ocorre nos demais setores da indústria de transformação, ainda há espaço para uma expansão das atividades com a atual capacidade instalada. A carteira de pedidos se estabilizou em Indústria de Máquinas e equipamentosInvestimentos previstos e realizados -R$ Milhões ConstantesFonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * 2019 previstos 2 meses, mas a expectativa é de que esse indicador retorne ao seu patamar histórico, acima de 4 meses, quando o setor de infraestrutura voltar a investir.

Outro sinal positivo para a indústria de máquinas equipamentos tem sido a retomada das contratações de mão de obra. Em meados de 2013, quando teve início o encolhimento dos postos de trabalho, o setor empregava quase 380 mil pessoas, volume que acabou se reduzindo para 291 mil pessoas em 2017. Já em 2018, o setor retomou o processo de contratações, reempregando quase 10 mil pessoas. A expectativa da Abimaq é que essa recuperação do nível de emprego continue ao longo de 2019.

Novos investimentos

Depois de ter registrado uma relação média de 9,3% entre os investimentos e a receita líquida de vendas no período de 2010 a 2013, nos últimos anos o setor de máquinas e equipamentos tem apresentado uma drástica redução desse indicador, chegando a ficar em 3,0% em 2018. No entanto, já existem indícios de uma reversão nessa tendência. Uma pesquisa elaborada DCEE da Abimaq indica que os fabricantes do setor preveem investir mais de R$ 2,7 bilhões em 2019, o que significaria uma alta 30,1%, em relação ao volume de recursos investido em 2018.

A pesquisa revelou ainda que as micro, pequenas e médias empresas estão mais dispostas a investir este ano, prevendo ampliar em torno de 50% os investimentos realizados em 2018. Já nas grandes empresas, a previsão de novos investimentos deve superar em torno de 18% os que foram realizados em 2018. Dos investimentos esperados em 2019, 35,5% devem ser destinados à modernização tecnológica, 30,5% na reposição de máquinas depreciadas, 24% na ampliação da capacidade industrial e 10% em outras áreas.

“A saída para o Brasil voltar a crescer é o investimento na indústria de transformação por conta de seu maior valor agregado e pelos maiores ganhos de produtividade, além de gerar emprego e renda para os brasileiros. Os investimentos devem ganhar mais fôlego somente no segundo semestre, quando algumas reformas forem aprovadas e o nível de ociosidade, que hoje se encontra em 25%, for reduzido”, afirma o presidente da Abimaq, João Marchesan.

Mercado ainda Morno

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As propostas do novo governo, favoráveis ao mercado, criaram expectativas positivas, mas que ainda devem levar algum tempo para se concretizar

Depois de um processo eleitoral tenso, marcado por inúmeras polêmicas, no primeiro dia deste ano assumiu a Presidência do Brasil o ex-capitão do Exército e ex-deputado federal Jair Messias Bolsonaro, prometendo promover mudanças que permitam reaquecer a quase estagnada economia nacional. Passados mais de dois meses de sua posse, pode-se dizer que − na medida do possível − ele vem cumprindo essa promessa, tendo entregue ao Congresso Nacional uma proposta para a tão propalada reforma da Previdência, destinada a reduzir o enorme e crescente déficit fiscal. Quando e como essa proposta será aprovada, eis a questão, já que, numa democracia, propostas para uma mudança radical como essa precisam ser amplamente debatidas para se chegar a um consenso que seja, ao mesmo tempo, efetivo e factível.

Mas, enquanto isso não acontece, os agentes econômicos precisam se orientar pelas expectativas criadas, ou seja, pelo feeling generalizado de que ‘tudo vai dar certo’ − embora não se saiba quando. Pelo menos, é isso que tem ocorrido neste início de mandato de Bolsonaro, condicionando os empresários a escolher entre pisar no freio ou no acelerador. Os indicadores colhidos sobre 2018 e janeiro deste ano indicam mudanças positivas, embora ainda prudentes, na confiança de empresários e consumidores, mantidas, porém, as especificidades de cada setor e segmento de mercado.

Ritmo lento

No caso do indústria siderúrgica nacional, em 2018, o crescimento da produção de aço bruto acompanhou pari passu o desempenho do PIB. Segundo o levantamento feito pelo Instituto Aço Brasil (IABr), as siderúrgicas brasileiras produziram 34,35 milhões de toneladas de aço bruto, evoluindo 1,1%, em relação à produção registrada em 2017, índice exatamente igual ao crescimento do PIB nacional, anunciado pelo IBGE no dia 28 de fevereiro. A produção de laminados atingiu 23,1 milhões de toneladas, volume 3,3% superior ao do ano anterior, e a de semiacabados totalizou 9,9 milhões de toneladas, crescendo 0,5% na mesma base de comparação.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos (produção interna + importações − exportações) foi de 20,6 milhões de toneladas no mesmo período, o que representa uma alta de 7,3% no acumulado de 2018, em comparação com 2017. As vendas internas foram de 18,3 milhões de toneladas, evoluindo 8,2% sobre as vendas contabilizadas no ano anterior. As importações alcançaram 2,4 milhões de toneladas, o que se traduz em uma expansão de 3,3% frente ao volume importado em 2017. Em valor, as importações atingiram US$ 2,6 bilhões, valor 16,9% superior ao do ano anterior.

Apesar das expectativas, os resultados de janeiro de 2019 ficaram aquém do que seria uma retomada consistente: a produção de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, evoluindo 2,3% sobre o mesmo mês de 2018; a produção de laminados foi de 1,8 milhão de toneladas, o que significa uma queda de 3,1% na mesma base de comparação; e a produção de semiacabados totalizou 729 mil toneladas, encolhendo 9,2% em relação a janeiro de 2018.

Bloqueio inesperado

No entanto, um fato marcou o setor neste início de ano: a imposição, pela União Europeia, de novas barreiras contra o aço importado de outros produtores, entre eles o Brasil, anunciada no dia 16 de janeiro. Segundo os países do bloco europeu, a medida é uma reação ao grande fluxo de produtos siderúrgicos que passou a inundar o mercado local depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu erguer barreiras ao aço mundial, criando distorções e redirecionando para a Europa a produção anteriormente destinada aos Estados Unidos.

Segundo o IABr, a decisão da União Europeia de restringir suas importações de aço, adotando cotas e uma sobretaxa de 25% para os volumes que ultrapassem as referidas cotas, não surpreendeu, uma vez que a UE já tinha adotado uma salvaguarda de 200 dias − de gosto de 2018 a fevereiro de 2019. A medida, que começou a vigorar em 02 de fevereiro e deve durar até julho de 2021, foi uma reação à Seção 232 imposta pelos Estados Unidos no ano passado. Mesmo assim, a medida adotada pela UE agrava a situação conturbada já existente no mercado internacional, reduzindo o potencial exportador da indústria brasileira do aço.

Ainda de acordo com o IABr, a UE é um mercado importante para o Brasil, sendo responsável pelo consumo de 15% das exportações brasileiras de aço. Em 2018, o Brasil exportou 2,1 milhões de toneladas de aço para aquele mercado, o que significou um faturamento de US$ 1,4 bilhão. No entanto, essa medida de proteção exclui os produtos siderúrgicos semiacabados, grupo que representou 1,2 milhão de toneladas e US$ 611 milhões de faturamento nos totais mencionados. Avaliações preliminares indicam que as medidas adotadas pela UE podem acarretar uma redução de US$ 90 milhões a US$ 100 milhões por ano nas exportações brasileiras de aço para aquele mercado.

“A decisão da UE reforça a guerra de mercado, que tem como pano de fundo o excedente de capacidade de 550 milhões de toneladas de aço. Esse cenário tem ocasionado uma escalada protecionista, com o fechamento de vários mercados, enquanto a América Latina − e em especial o Brasil − continua aberta. Segundo dados da Associação Latino Americana do Aço (Alacero), as exportações de aço da China para o mundo caíram 5% de junho a dezembro de 2018, mas cresceram 28% para a América Latina”, completa a nota divulgada pelo IABr em 21 de fevereiro deste ano.